Estudos do CDC reforçam que a vacina da Pfizer é segura e efetiva em crianças de 5 a 11 anos
Dois robustos estudos publicados hoje pelo Centro de Controle de DOneças dos EUA (CDC) reforçaram a eficácia e a segurança da vacina Pfizer (mRNA-baseada) em crianças, corroborando o estudo de Fase 3 da Pfizer-Biotech (!).
No primeiro estudo (Ref.1), os pesquisadores analisaram dados clínicos de 915 pacientes com menos de 18 anos de idade admitidos em 6 hospitais nos EUA, durante julho e agosto deste ano, em meio à disseminação da variante Delta e em áreas com alta incidência de COVID-19. Do total, 713 (77,9%) foram hospitalizados por causa de COVID-19, e 2,7% desenvolveram a síndrome multissistêmica inflamatória infantil associada à COVID-19 (SIM-C). A maior parte dos pacientes tinha alguma comorbidade associada com maior risco de COVID-19 severa, especialmente obesidade, e 99,4% não estavam completamente vacinadas. Mais especificamente, apenas 1 criança-adolescente estava completamente vacinada, e apenas 12 (4,4%) tinham recebido uma dose (parcialmente imunizadas). Ou seja, mais de 95% das crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 não haviam recebido nenhuma dose vacinal.
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Entre os pacientes hospitalizados, mais da metade (54%) precisaram de suporte de oxigênio (15% dos quais precisaram de ventilação mecânica), 29,5% tiveram que ir para a unidade de tratamento intensivo (UTI) e 1,5% foi a óbito.
No segundo estudo (Ref.2), os pesquisadores analisaram reportes de eventos adversos, e a investigação detalhada de quase 4,3 mil crianças de 5-11 anos vacinadas, entre quase 9 milhões de crianças nessa faixa de idade vacinadas com a Pfizer nos EUA. Sérios efeitos adversos associados (ex.: hospitalização) foram extremamente raros, e nenhuma morte ligada às vacinas foi reportada. Dos efeitos adversos, 97,6% já eram esperados, como dor no local da injeção, fatiga e dor de cabeça; esses efeitos leves-moderados são um sinal normal de que o corpo está construindo imunidade contra o SARS-CoV-2. Pouquíssimos casos de miocardite fora reportados, e é ainda incerto se são realmente causados pela vacina ou se estão na faixa de incerteza para a incidência normal desse tipo de inflamação (geralmente com manifestação clínica leve).
Eventos adversos considerados sérios, requerendo hospitalização, foram registrados em 100 crianças (incluindo 11 casos de miocardite leve), mas com nenhuma delas manifestando sintomas realmente preocupantes e que implicassem em risco de internação ou óbito. Esse cenário contrasta radicalmente com as crianças infectadas pelo vírus, não vacinadas e que requerem hospitalização.
Os resultados de ambos os estudos não deixaram dúvida: a vacinação é o melhor modo de proteger as crianças de sérias e potencialmente letais complicações da COVID-19.
(!) Leitura recomendada (Estudo de Fase 3): Vacina da Pfizer é segura e efetiva em crianças de 5 a 11 anos de idade
REFERÊNCIAS