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Novas estimativas sugerem um drástico resfriamento global atuando na extinção dos dinossauros


Ao longo da história da Terra, perigosos asteroides e cometas atingiram sua superfície e um dos mais catastróficos desses eventos ocorreu há 66 milhões de anos, levando à quinta extinção em massa no planeta que pôs um fim à era dos dinossauros. E, agora, os cientistas possuem uma maior clareza sobre o que aconteceu durante e após esse evento com base em um estudo publicado esta semana na Geophysical Research Letters (Ref.1).

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Tendo ajuda ou não de poderosas atividades vulcânicas na época (Vulcões e a extinção dos dinossauros), o impacto do asteroide na Península Yucatan (México) - com a subsequente formação da Cratera de Chicxulub - é mais do que o provável principal causador da extinção em torno de três quartos das espécies de plantas e animais há 65 milhões de anos (final do Cretáceo). Os mecanismos de dizimação podem incluir:

- Resfriamento e escurecimento global a curto prazo produzidos por poeira, fuligem e enxofre ejetados na atmosfera (Aquecimento Global: Uma Problemática Verdade);

- Aquecimento a longo prazo das massivas quantidades de dióxido de carbono liberadas;

- Acidificação oceânica causada pela massiva quantidade de dióxido de carbono (Gás carbônico e a acidez dos mares);

- Tempestades de fogo à nível global disparadas pelos altos níveis de emissão de radiação térmica oriundas da pluma de impacto.

 Entre esses mecanismos, a massiva liberação de gases quimicamente ativos de rochas sedimentares do local de impacto para a atmosfera é o mais aceito como mecanismo crucial. Quando uma onda de choque de suficiente alta pressão atravessa rochas sedimentares, estas se decompõem e formam parte da pluma de impacto em expansão. No local da Cratera de Chicxulub, onde água marinha, carbonatos porosos e evaporitos acabam se formando na porção superior do alvo, esse processo levou à injeção de dióxido de carbono, gases carregando enxofre e vapor de água para a atmosfera, grande parte com velocidade acima de 1 km/s (3600 km/h). Nessas circunstâncias, enxofre rapidamente forma um aerossol, o qual reflete e absorve radiação solar, causando um rápido esfriamento na superfície terrestre, enquanto a adição de dióxido de carbono contribui para o aquecimento a longo prazo.

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Até o momento, as quantidades exatas desses gases e partículas liberados na atmosfera decorrentes do impacto eram incertas. Mas agora os pesquisadores conseguiram estimar com uma grande precisão esses valores, com base na medida de vários parâmetros do impacto, e com menores incertezas significativas em algumas suposições, apesar de outras ainda permanecerem relativamente altas, como nas pressões de devolatização para a calcita e a anidrita.

No cenário descrito pelo novo estudo, o impacto liberou cerca de 425 ± 160 Gigatoneladas (Gt) de dióxido de carbono e 325 ± 60 Gigatoneladas de enxofre. O asteroide (meteoro ao entrar na atmosfera) se aproximou da superfície a um ângulo máximo entre 30-60°, com uma velocidade em torno de 18 km/s, massa de 2,5 mil Gt (densidade de 2,6g/cm3) e possuindo uma extensão de aproximadamente 12 km. Cerca de 12 mil Gt de sedimentos sólidos foram ejetados às altas altitudes da atmosfera após o impacto, com cerca de 50% das massas de rochas sedimentares atingidas alcançando altitudes acima de 25 km.

Tudo isso afetou profundamente o clima do planeta, resfriando sua superfície drasticamente por vários anos e tendo um grande impacto nas temperaturas das massas oceânicas por centenas de anos.

Um outro estudo publicado no começo deste ano (Ref.2) tinha estimado uma quantidade de 100 Gt de enxofre e 1,4 mil Gt de dióxido de carbono sendo ejetados como resultado do impacto, gerando um abaixamento da temperatura global média de no mínimo 26°C, 3 e 16 anos de temperaturas abaixo de zero e um período de recuperação maior do que 30 anos (tudo na superfície do planeta).

Considerando esses dados, como a quantidade de enxofre gerada na estimação do novo estudo foi bem maior, e uma quantidade de dióxido de carbono bem menor, o resfriamento provavelmente foi ainda mais pesado e com consequências mais drástica para o planeta por bem mais tempo.

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O impacto do asteroide gerou uma cratera (Chicxulub) inicial com algo entre 80 e 100 km de diâmetro (com a gravidade levando ao colapso dos lados da depressão e expandindo bastante a cratera minutos depois) e 30 km de profundidade. 




Referências:
1. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/2017GL074879/epdf
2. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/2016GL072241/full
3. https://www.nasa.gov/feature/asteroid-day-and-impact-craters

Novas estimativas sugerem um drástico resfriamento global atuando na extinção dos dinossauros Novas estimativas sugerem um drástico resfriamento global atuando na extinção dos dinossauros Reviewed by Saber Atualizado on novembro 01, 2017 Rating: 5

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