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Vacinas contra a COVID-19 protegem 5 vezes mais contra hospitalização do que infecção prévia


 

Infecção prévia com o SARS-CoV-2 (vírus responsável pela COVID-19) ou vacinação contra a COVID-19 com as vacinas autorizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) podem fornecer imunidade e proteção contra uma subsequente infecção e desenvolvimento de doença pelo SARS-CoV-2. Variantes de preocupação do SARS-CoV-2, especialmente a variante Delta, têm causado muitos casos de reinfecção ou mesmo de infecção em indivíduos vacinados, devido à maior capacidade de evasão imune das novas cepas virais. Nesse sentido, uma importante questão aparece: qual das duas vias de imunização garante maior proteção contra as variantes e o vírus em geral a nível populacional? 


Respondendo a essa pergunta, um estudo de nível nacional conduzido pelo Centro para o Controle de Doenças dos EUA (CDC) (Ref.1) investigou as vacinas mRNA-baseadas da Pfizer (BNT16b2) e da Moderna (mRNA-1273), encontrando que as vacinas estão associadas com uma imunidade significativamente maior (>5x) do que uma infecção prévia.  Soma-se, obviamente, a favor das vacinas o fato de que essas não promovem o desenvolvimento da doença associada.


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Para o estudo, pesquisadores do VISION Network - unidade de pesquisa dentro do CDC - reuniu dados de mais de 201 mil hospitalizações em nove diferentes estados. Cerca de 7 mil pessoas (≥18 anos de idade) naquele grupo atenderam os critérios do estudo. Os pesquisadores, então, analisaram o número de indivíduos não-vacinados que tiveram um teste positivo para infecção com o SARS-CoV-2 há mais de ~3 meses antes de serem hospitalizados por COVID-19 (90-179 dias prévios) assim como o número de indivíduos que receberam a vacina da Pfizer ou Moderna (duas doses completas) e que não foram diagnosticados previamente com infecção pelo SARS-CoV-2 no mesmo período. 


Os resultados do estudo mostraram que, no geral, adultos não-vacinados com uma infecção prévia eram 5,5 vezes mais prováveis de serem hospitalizados do que aqueles que estavam vacinados. Para adultos com mais de 65 anos, análises com menor robustez estatística sugeriram que as vacinas mRNA-baseadas foram quase 20 vezes mais efetiva em proteger contra hospitalização do que apenas infecção prévia. Ainda segundo o estudo, a vacina da Pfizer parece promover maiores benefícios imunes do que a vacina da Moderna.


"Esses dados fornecem poderosa evidência de que as vacinas oferecem proteção superior contra a COVID-19 do que depender apenas de imunidade natural," disse o Dr. Shaun Grannis, vice-presidente no Instituto Regenstrief e professor de medicina familiar na Escola de Medicina da Universidade de Indiana (Ref.2). "Muitos têm sido questionados se aceitariam ser vacinados se tivessem já sido infectados - esse estudo mostra que a resposta é sim". Regenstrief contribuiu também para a análise de dados e consultoria para o VISION Network.


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Os achados do estudo são consistentes com evidência laboratorial de que as vacinas mRNA-baseadas criam um alto nível de anticorpos, enquanto que aqueles que se recuperaram da COVID-19 possuem níveis muito variantes de anticorpos, especialmente nos casos assintomáticos ou com sintomas leves (a maioria). O estudo também reforça que todas as pessoas aptas a receberem a vacina contra a COVID-19 devem fazê-lo o mais rápido possível, incluindo pessoas não-vacinadas previamente infectadas com o vírus (!).


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(!) Aliás, em um reporte publicado no periódico The New England Journal of Medicine (Ref.3), pesquisadores investigaram o efeito de uma única dose da vacina da Pfizer na atividade de neutralização contra as variantes de preocupação Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Gama (P.1) em pessoas previamente infectadas com o SARS-CoV-2. A variante Beta é, até o momento, aquela com maior capacidade de escape imune. Foram 18 amostras do soro sanguíneo de 6 profissionais de saúde infectados (todos do sexo feminino, idades de 32 a 67 anos), obtidas de cada paciente em três momentos: (i) 1 a 12 semanas após a infecção natural, (ii) imediatamente antes da vacinação, e (iii) 1 a 2 semanas após a vacinação. A titragem geométrica média de anticorpos neutralizantes em (i) mostrou ser 456, 256, 71 e 8 para o vírus original e as variantes Alfa, Beta e Gama, respectivamente. Em (ii), na mesma sequência, foi reduzida para 81, 40, 36 e 7. E, em (iii) - após a vacinação -, aumentou de forma dramática para 9195, 8192, 2896 e 1625. A resposta foi similar em todas as pacientes analisadas. O achado realça a importância da vacinação mesmo em pessoas previamente infectadas, especialmente contra as variantes de preocupação.

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REFERÊNCIAS

  1. Laboratory-Confirmed COVID-19 Among Adults Hospitalized with COVID-19–Like Illness with Infection-Induced or mRNA Vaccine-Induced SARS-CoV-2 Immunity — Nine States, January–September 2021. Weekly, November 5, 2021, 70(44);1539–1544. https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/mm7044e1.htm 
  2. https://www.regenstrief.org/article/covid-vaccines-more-effective-preventing-covid-related-hospitalization-than-prior-infection-alone/ 
  3. (Carta ao Editor). Neutralizing Response against Variants after SARS-CoV-2 Infection and One Dose of BNT162b2. The New England Journal of Medicine. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc2104036

Vacinas contra a COVID-19 protegem 5 vezes mais contra hospitalização do que infecção prévia Vacinas contra a COVID-19 protegem 5 vezes mais contra hospitalização do que infecção prévia Reviewed by Saber Atualizado on novembro 08, 2021 Rating: 5

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