São necessárias 1000 partículas virais do novo coronavírus para iniciar uma infecção
Em um estudo recentemente publicado no periódico Science Translational Medicine (1), pesquisadores analisaram - epidemiologicamente e genomicamente - a dinâmica de disseminação do SARS-CoV-2 na Áustria. Foram analisadas mais de 500 amostras virais associadas com principais linhagens do SARS-CoV-2 em circulação no país, permitindo inclusive a reconstrução de eventos de super-disseminação e a caracterizações de processos de bottleneck (um processo de deriva genética). Além de novos conhecimentos sobre as taxas e fixações de mutações ao longo das cadeias de transmissão, os pesquisadores conseguiram estimar a quantidade mínima de partículas virais necessárias para iniciar a infecção em um indivíduo: 1000 partículas de SARS-CoV-2. Isso entra em concordância com estimativas prévias variando de 300 a 2000 partículas virais infecciosas (I).
(I) Aliás, existe uma hipótese de que as máscaras podem não apenas diminuir o risco de infecções como também diminuir o risco de desenvolvimento de casos graves de COVID-19 através da redução quantitativa da exposição viral inicial. Para mais informações, acesse: Uso universal de máscaras pode ajudar a prevenir casos severos de COVID-19
(1) Publicação do estudo: https://stm.sciencemag.org/content/12/573/eabe2555