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Máscaras não causam problemas respiratórios nem em pacientes com graves danos pulmonares



- Atualizado no dia 2 de março de 2021 - 


Atualmente, existe um consenso na comunidade científica de que a principal rota de transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é via gotículas e aerossóis eliminados pela boca e pelo nariz, apesar de não existir ainda um completo acordo sobre os detalhes dessa transmissão (ex.: alcance e tamanho das partículas, concentração do vírus). Nesse sentido, uma das principais e efetivas medidas não-farmacológicas de controle epidêmico é o uso universal de máscaras (caseiras, cirúrgicas, N95), as quais freiam e ajudam a bloquear o máximo possível gotículas e aerossóis contaminados expelidos pela boca e pelo nariz. Porém, várias desinformações - fomentadas por bandeiras políticas e ideológicas - estão sendo propagadas sugerindo prejuízos respiratórios com o uso das máscaras.


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Em um estudo publicado no periódico Annals of the American Thoracic Society (1), pesquisadores resolveram investigar as mudanças nos níveis de dióxido de carbono e de oxigênio em indivíduos saudáveis assim como em veteranos militares com doença obstrutiva pulmonar crônica (DOPC) antes e durante o uso de máscaras cirúrgicas. O uso da máscara durou 1 hora durante taxas moderadas de trabalho sendo realizado pelos voluntários. Indivíduos com DOPC enfrentam dificuldade para respirar, o que pode levar a deficiências respiratórias e/ou sensação de cansaço.


Os pesquisadores encontraram que efeitos nas trocas gasosas são menos do que mínimos com o uso das máscaras, mesmo em pacientes com DOPC trazendo quadros severos de danos pulmonares. Isso corrobora estudos recentes mostrando que as máscaras não trazem prejuízos respiratórios nem durante a realização de exercícios físicos de moderada-alta intensidade. Para mais informações, acesseMáscaras não causam prejuízo respiratório durante exercícios físicos exaustivos, sugerem estudos


Para aqueles usuários com máscara que insistem experienciar falta de ar, os pesquisadores apontaram que isso é devido a um quadro de dispneia, ou seja, uma sensação de falta de ar em alguns que não é sinônimo de alterações nas trocas gasosas. Essa sensação pode ser causada por reações neurológicos (por exemplo, ao aumento de temperatura do ar inspirado ou da pele sob a máscara) ou por fenômenos psicológicos, como ansiedade, claustrofobia ou respostas afetivas a uma percepção de dificuldade respiratória. A solução para essas pessoas seria talvez retirar a máscara em situações quando outras pessoas não estiverem próximas, ou reduzir o ritmo da atividade sendo realizada.


Os pesquisadores também apontaram que apenas máscaras mais restritivas, como a N95, possuem impacto nos níveis de dióxido de carbono no sangue, mas sem efeitos deletérios em termos fisiológicos. Eles também reforçaram a importância crucial das máscaras para o controle epidêmico do novo coronavírus (SARS-CoV-2).


O uso de máscaras respiratórias de proteção, em geral, de fato aumenta a reabsorção de uma pequena parte do dióxido de carbono expirado. Porém, essa re-absorção extra - apesar de diminuir levemente o valor do pH sanguíneo, tornando-o tecnicamente mais ácido - não irá alterar a faixa normal do pH sanguíneo (7,35-7,45). Essa variação ocorre em uma faixa normal - controlada por um eficiente sistema de tampão - e o sangue continuará levemente básico. E aqui estamos falando de uma re-absorção de dióxido de carbono minimamente significativa apenas em máscaras que vedam mais o rosto - como a N95. Não existe re-absorção significativa de dióxido de carbono por máscaras cirúrgicas ou caseiras.


E, meus caros, vocês podem ter certeza que se o aumento de dióxido de carbono no sangue trazido pelo uso das máscaras aumentasse a acidez de forma deletéria no sangue (fora da faixa normal), ninguém aguentaria usar uma máscara devido ao forte efeito de sufocamento. Para mais informações, acesse: A sensação de sufocamento é devido à falta de oxigênio?


CRIANÇAS MUITO NOVAS


A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que crianças com menos de 5 anos de idade não deveriam ser requeridas de usar máscara, devido a preocupações quanto à segurança, interesse da criança e capacidade do correto uso desse acessório (Ref.2). Caso a criança tenha que usar a máscara, a OMS orienta que um adulto responsável esteja sempre supervisionando o uso. Já o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) e a Associação Americana de Pediatria (AAP) não recomendam o uso de máscaras para crianças com menos de 3 anos, por questão de segurança (Ref.3). Ainda segundo o CDC e a AAP, crianças muitos novas podem ter dificuldade de remover as máscaras e podem não ser capazes de comunicar se elas estão tendo dificuldade em respirar. Porém, evidências baseando essas recomendações são escassas ou muito limitadas.


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Em um estudo clínico publicado no periódico JAMA Network Open (Ref.3), pesquisadores analisaram 47 crianças quanto aos possíveis danos respiratórios associados ao uso das máscaras. Do total, 22 crianças tinham 2 anos ou menos de idade, e 25 crianças tinham de 2 a 12 anos de idade. Cada criança foi monitorada em relação a dois diferentes parâmetros respiratórios (dessaturação de oxigênio e estresse respiratório) durante um período de 30 minutos sem uso de máscara e durante 30 minutos com o uso de uma máscara cirúrgica, incluindo também um teste de caminhada de 12 minutos para crianças com 2 anos ou mais. Os resultados mostraram que o uso da máscara NÃO causaram mudanças significativas nos níveis de oxigênio (O2) e de dióxido de carbono (CO2) no sangue, não sendo observadas instabilidade hemodinâmica e hipoventilação alveolar. Isso sugere que mesmo em crianças muito novas o uso das máscaras pode ser feito de forma segura, especialmente no contexto de reabertura das escolas. Porém, em crianças com menos de 2 anos, o uso das máscaras precisa ser supervisionado por adultos.


Os resultados do estudo são preliminares e ainda limitados, e grupos maiores de crianças precisam ser avaliados, incluindo maior tempo de uso das máscaras. Portanto, ainda é recomendado que os pais continuem seguindo as orientações da OMS, ou seja, apenas crianças com 5 anos ou mais devem  ser requeridas de usar uma máscara.


> Para quem quiser saber quais são as melhores máscaras caseiras contra o novo coronavírus, acesse: https://bit.ly/36Uwu98


> Aliás, existem duas hipóteses fortemente sugerindo que o uso das máscaras ajudam a reduzir o risco de uma COVID-19 severa, mesmo se o usuário for efetivamente infectado pelo vírus. Para mais informações, acesse: https://bit.ly/3844DCY


REFERÊNCIAS

Máscaras não causam problemas respiratórios nem em pacientes com graves danos pulmonares Máscaras não causam problemas respiratórios nem em pacientes com graves danos pulmonares Reviewed by Saber Atualizado on outubro 11, 2020 Rating: 5

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