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Últimas da pandemia: Dexametasona e outros corticoesteroides são eficazes contra a COVID-19

 


Últimas atualizações - estudos revisados por pares mais relevantes - sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e sua doença associada (COVID-19). No momento, já são mais de 888 mil mortes confirmadas e mais mais de 27 milhões de casos registrados, números provavelmente muito subestimados (número real de mortes pode ser até 30% maior). Nas últimas semanas, recordes e mais recordes de casos diários registrados continuam sendo divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, ultrapassamos as 126,6 mil mortes confirmadas e já temos mais de 4 milhões de casos registrados.


> Asma não parece ser um fator significativo de risco para uma COVID-19 severa. Em um estudo publicado no periódico Annals of the American Thoracic Society (Ref.1), pesquisadores da Universidade do Colorado compararam a prevalência de asma entre pacientes hospitalizados com COVID-19, reportada em 15 estudos revisados por pares, com aquela correspondente à prevalência de asma na população em geral. Eles também correlacionaram a análise comparativa entre as prevalências de asma com a prevalência média de 4 anos nas hospitalizações por gripe nos EUA. Somando-se a isso, os pesquisadores analisaram os registros médicos de 436 pacientes com COVID-19 admitidos no Hospital da Universidade do Colorado para avaliar a probabilidade daqueles pacientes com asma serem intubados mais frequentemente do que pacientes sem asma. Considerando co-variáveis como idade, sexo e índice de massa corporal, os pesquisadores concluíram que os pacientes hospitalizados asmáticos tinham um risco similar de serem intubados em relação aos pacientes não asmáticos. O achado corrobora estudos prévios. Já para a gripe, mais de 20% daqueles hospitalizados nos EUA mostraram-se asmáticos, como esperado (asma é um fator de risco bem estabelecido para complicações em quadros de gripe). Os pesquisadores sugeriram que o uso de corticoesteroides (inaladores) por pessoas com asma pode ter alguma relação com os resultados do estudo, ou mesmo uma possível menor expressão dos receptores ACE2 nas suas células de asmáticos (proteína usada pelo SARS-CoV-2 para infectar o corpo). 


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> Corticoesteroides, principalmente dexametasona, aumenta as chances de sobrevivência dos pacientes em estado grave. Uma série de estudos publicados no último dia 2 de setembro, incluindo uma meta-análise prospectiva e dois testes clínicos randomizados (REMAP-CAP e CoDEX) (Ref.2-4), e envolvendo dados clínicos de milhares de pacientes, reforçou que a administração de corticoesteroides em pacientes em estado grave (necessidade de ventilador) reduz substancialmente as taxas de mortalidade. No caso, foram analisadas a administração de hidrocortisona, dexametasona e metilprednisolona, comparado com placebo ou suporte hospitalar básico. O estudo clínico randomizado CoDEX envolveu 299 pacientes em 41 unidades de tratamento intensivo (UTI) no Brasil, e analisou a eficácia da dexametasona. Os resultados corroboraram o estudo clínico randomizado de grande porte do RECOVERY, o qual encontrou que a dexametasona diminui em 29% a taxa de mortalidade dos pacientes sob ventilação. ATENÇÃO: Corticoesteroides precisam ser administrados apenas em casos graves; não deve ser usado em casos leves e moderados devido aos fortes efeitos colaterais e diminuição da imunidade.


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> Surto na China parece ter sido causado por aerossóis de matéria fecal de indivíduos contaminados. A presença de partículas virais do SARS-CoV-2 nas fezes de infectados levantou a possibilidade de transmissão viral via rota fecal-oral. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Hong Kong investigaram se a transmissão do novo coronavírus via aerossóis fecais no sistema de dreno do encanamento pode ter sido a causa da disseminação de COVID-19 em um grupo de três famílias vivendo em um prédio residencial em Guangzhou, China, e cujos apartamentos eram verticalmente alinhados (conectados pelos canos de drenagem) (Ref.5). Primeiro, os pesquisadores testaram todos os residentes e funcionários do prédio, infectados ou não. Segundo, eles analisaram a presença de partículas virais em 237 superfícies e amostras de ar de 11 dos 83 apartamentos no prédio, áreas públicas, sistemas de drenagem e as tubulações associadas aos banheiros. Os resultados das análises fortemente sugeriram que o surto ocorreu devido à dispersão de aerossóis contaminados com matéria fecal gerados pelas descargas. De acordo com os pesquisadores, adequada higienização e ventilação dos banheiros, e adequados sistemas sanitários de drenagem podem ajudar a prevenir a transmissão do vírus.


> Novo tipo de vacina (recombinante e nanoparticulada) mostrou-se eficiente em testes clínicos de Fases 1 e 2. A NVX-CoV2373 é uma vacina SARS-CoV-2 recombinante nanoparticulada composta do adjuvante Matrix-M1 e da glicoproteína Spike (S) inteira (incluindo o domínio da transmembrana) do vírus selvagem. A proteína S é necessária para a entrada do novo coronavírus nas células hospedeiras e é alvo de anticorpos e de boa parte das vacinas sendo desenvolvidas. Um estudo randomizado placebo controlado de fase 1/2 - publicado no periódico The New England Journal of Medicine (Ref.5) - visou testar a eficiência de resposta imune e a segurança da vacina NVX-CoV2373 em 131 adultos saudáveis. Na fase 1, a vacinação compreendeu duas injeções intramusculares, com 21 dias de intervalo entre as aplicações. De forma randomizada, 83 pacientes receberam a vacina com o adjuvante, 25 sem o adjuvante e 23 receberam placebo. Os pacientes foram acompanhados durante 35 dias. Os resultados indicaram que a vacina é segura (nenhum evento adverso sério, apenas efeitos colaterais leves esperados), e que induz com sucesso resposta imune-específica contra o SARS-CoV-2, incluindo anticorpos neutralizantes e células-T (do tipo Th1 no caso). O nível da resposta imune excedeu aquele observado no plasma (convalescente) de pacientes recuperados. É mais uma promissora vacina que se junta à luta contra a atual pandemia.


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> Dúvida sobre a existência da 'tempestade de citocinas'. Proteínas pró-inflamatórias, chamadas de citocinas, atuam de forma crucial para a resposta imune do nosso organismo. Se a resposta imune induzida por um excesso de citocinas é muito forte, um fenômeno conhecido como "tempestade de citocina" pode acabar causando danos no paciente, e isso é pensado de ocorrer nos pacientes com COVID-19 em estado grave. Porém, pesquisadores da Universidade de Radboud, em um estudo publicado no periódico JAMA (Ref.7), encontraram convincente evidência de que a COVID-19 não é caracterizada por um anormal excesso na produção de citocinas. Para essa conclusão, eles analisaram 5 grupos de pacientes com diferentes doenças graves e que estavam internados em UTIs. Foram medidos os níveis do fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) e interleucinas 6 e 8 (IL-6 e IL-8) desses pacientes. Os resultados mostraram que o níveis de citocinas nos pacientes com COVID-19 grave eram substancialmente menores do que pacientes com choque séptico e síndrome respiratória aguda grave, e similares àqueles em pacientes com trauma ou parada cardíaca. Nenhuma das condições, além da COVID-19, são caracterizadas clinicamente com uma 'tempestade de citocinas'. Isso sugere que terapias visando bloqueadores de citocinas podem não ter efeito em pacientes com COVID-19 sob ventilação.


Leituras complementares:

REFERÊNCIAS (links para os estudos reportados)
Últimas da pandemia: Dexametasona e outros corticoesteroides são eficazes contra a COVID-19 Últimas da pandemia: Dexametasona e outros corticoesteroides são eficazes contra a COVID-19 Reviewed by Saber Atualizado on setembro 07, 2020 Rating: 5

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