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Últimas da pandemia: Estradiol pode reduzir de forma robusta a taxa de mortalidade entre as mulheres

 

Últimas atualizações - estudos revisados por pares e preprints (ainda não-revisados por pares) mais relevantes - sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e sua doença associada (COVID-19). No momento, já são mais 822 mil mortes confirmadas e mais de 24 milhões de casos registrados, números provavelmente muito subestimados. Nas últimas semanas, recordes e mais recordes de casos diários registrados continuam sendo divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, ultrapassamos as 116 mil mortes confirmadas e já temos quase 4 milhões de casos registrados.


> Estradiol pode ser efetivo contra a COVID-19. A incidência de infecção pelo SARS-CoV-2 é maior nas mulheres do que nos homens (cerca de +15%), mas a taxa de mortalidade é bem maior nos homens (cerca de +50%). Ao mesmo tempo, meninas pré-adolescentes possuem o mesmo risco de infecção do que os meninos, e mulheres na pós-menopausa possuem um risco de infecção similar do que os homens na mesma faixa de idade. Isso sugere, de alguma forma, o papel de estrógenos na suscetibilidade de infeção e no risco de morte pela COVID-19. De fato, o hormônio estradiol possui um efeito positivo na expressão da proteína humana ACE2, essencial para a entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras. Nesse sentido, um estudo publicado como preprint na medRrxiv (Ref.1) analisou retrospectivamente os dados clínicos de 37086 mulheres diagnosticadas com COVID-19, divididas em dois grupos: pré- (15-49 anos) e pós-menopausa (>50 anos). Os resultados do estudo - após ajuste para outros cofatores de risco - mostraram que as mulheres na pós-menopausa recebendo terapia de reposição hormonal (estradiol) tinham uma taxa de mortalidade acima de 50% menor do que aquelas que não recebiam terapia de estradiol. Entre as mulheres na pré-menopausa, não foi observado diferença na taxa de mortalidade, independente de suplementação com estradiol, provavelmente devido aos altos níveis endógenos de estradiol. Evidências indicam que o estradiol possui um papel protetor no corpo da mulher, ajudando a prevenir problemas pulmonares, cardiovasculares e renais, e inclusive representa uma das hipóteses para explicar a maior longevidade das mulheres em relação aos homens. Estradiol pode ser uma estratégia terapêutica eficaz para tratar mulheres na pós-menopausa com COVID-19, algo, aliás, já sugerido por um estudo prévio Brasileiro publicado em junho.


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> Ventiladores podem ser adaptados para dois pacientes com COVID-19. Em um estudo publicado no periódico Royal Society Open Science (Ref.2), pesquisadores do King's College London e do Imperial College London desenvolveram um modelo teórico sobre como um único ventilador pode ser usado para tratar dois pacientes. No estudo, os pesquisadores apontaram que, apesar de dividir um ventilador ser algo perigoso, o novo modelo teórico mostra que alguns dos problemas associados com a operação podem ser amenizados ao se usar resistências variáveis e válvulas de saídas únicas. Normalmente, ventiladores são especificamente programados para cada paciente, já que cada paciente requer pressões e volumes individualizados de fluxos de ar. Na nova proposta teórica, os pesquisadores mostraram que o fluxo de ar entregue para um paciente pode ser manipulado de forma independente e segura para outro.


> Água de esgoto contendo o novo coronavírus pode ser uma séria ameaça. Um estudo realizado via colaboração internacional entre 35 pesquisadores e publicado no periódico Nature Sustainability (Ref.3) avaliou uma série de estudos recentes sobre a presença de partículas virais do SARS-Cov-2 em águas de esgoto e também estudos prévios sobre doenças infecciosas, incluindo SARS e MERS. As evidências encontradas revelaram que o esgoto desembocando para cursos d'água naturais pode levar a infecções via gotículas contaminadas na forma de spray gerados durante os movimentos da água. De forma similar, água de esgoto tratada desembocando em lagos e rios usados de forma recreativa pelos habitantes locais podem também se tornar fontes de contágio. Por fim, frutas e vegetais irrigados com água de esgoto não adequadamente desinfetadas podem também ser uma rota indireta de infecção. Os pesquisadores recomendaram que novos estudos sejam feitos imediatamente para avaliar o real potencial de infecção dessas três rotas propostas. Para mais informações: Amamentação, esgoto e atividade sexual transmitem o novo coronavírus?


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> Mais um caso de transmissão direta de mãe para o feto durante a gravidez. Em um estudo publicado no periódico The Pediatric Infectious Disease Journal (Ref.4), pesquisadores confirmaram mais um caso de transmissão intrauterina do SARS-CoV-2 em uma grávida com COVID-19, causando a doença também no bebê nascido de forma prematura (34 semanas). Ambos foram tratados e se recuperaram. A grávida manifestou sintomas de febre e de diarreia. O bebê - do sexo feminino - não mostrou qualquer sintoma até 24 horas após o nascimento, mas uma febre alta acabou se desenvolvendo junto com sinais de distúrbios respiratórios, incluindo altas taxas anormais de batimento cardíaco e menores níveis de oxigênio no sangue. Um teste para a COVID-19 no bebê deu positivo duas vezes (24 horas e 48 horas após o nascimento). Análises da placenta mostraram evidências de inflamação e de estresse no feto, e investigações imunohistoquímicas e via microscopia eletrônica confirmaram a presença do SARS-CoV-2. O caso reforça mais uma vez que as grávidas devem redobrar a medidas de prevenção contra a COVID-19. Para mais informações: Amamentação, esgoto e atividade sexual transmitem o novo coronavírus?


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> Infecção pelo leite materno não é provável. Um estudo publicado no periódico JAMA (Ref.5) analisou 64 amostras de leite oriundas de 18 mulheres nos EUA com COVID-19 confirmada. Apesar de uma amostra ter testado positivo para RNA viral, subsequentes testes encontraram que o material genético detectado era incapaz de se replicar, e, portanto, incapaz de causar infecção no bebê. Até o momento, nenhuma partícula viral do SARS-CoV-2 foi isolada de amostras de leite materno, e nenhum caso de transmissão da mãe para o bebê via amamentação foi reportado. Os achados do novo estudo reforçam que a possibilidade de infecção a partir do leite materno é remota. Mulheres não devem deixar de amamentar os bebês por causa da COVID-19. Para mais informações: Amamentação, esgoto e atividade sexual transmitem o novo coronavírus?


Leituras complementares:

REFERÊNCIAS (links para os estudos reportados)
Últimas da pandemia: Estradiol pode reduzir de forma robusta a taxa de mortalidade entre as mulheres Últimas da pandemia: Estradiol pode reduzir de forma robusta a taxa de mortalidade entre as mulheres Reviewed by Saber Atualizado on agosto 26, 2020 Rating: 5

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