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Novo achado pode explicar a menor prevalência da COVID-19 em crianças



Apesar da alta taxa de transmissão, expressão de sintomas e de hospitalização vista entre adultos e, especialmente, idosos em meio a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), as crianças estão sendo, de longe, as menos afetadas pela doença associada (COVID-19), respondendo por menos de 2% dos casos identificados. Apesar de evidências reportarem que a suscetibilidade de infecção é similar entre todos os grupos de idade, tudo indica que a grande maioria das crianças infectadas são assintomáticas ou não desenvolvem a COVID-19. Mesmo entre as crianças sintomáticas, são raros os casos de graves complicações. Agora, em um estudo publicado no periódico JAMA Network (1), pesquisadores podem ter encontrado uma explicação para esse fenômeno: menor expressão do receptor ACE2 - proteína na superfície celular de mamíferos usadas pelo SARS-CoV-2 para entrar na célula hospedeira - em indivíduos muito jovens.



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Nos primeiros 30 dias desde a entrada do primeiro paciente com COVID-19, o hospital Australiano The Royal Children’s Hospital, em Melbourne, testemunhou um número extremamente baixo de crianças com a doença. De um total de 433 crianças e adolescentes com idades entre 0 e 18 anos apresentando sintomas como tosse e febre, apenas 4 desses casos testaram positivo para o novo coronavírus. E nenhum dos quatro precisaram ser hospitalizados ou desenvolveram um quadro mais grave, mesmo com um deles apresentando um fator de risco (asma) (2). E esse padrão têm sido observado com alta frequência ao redor do mundo inteiro. Para explicá-lo, pesquisadores têm sugerido que diferenças no sistema imune e na expressão do receptor proteico ACE2 (angiotensina enzima conversora 2) entre os diferentes grupos de idade podem explicar o fenômeno.

Para investigar um desses fatores suspeitos, pesquisadores Norte-Americanos resolveram analisar os dados relativos ao epitélio nasal de indivíduos com idades de 4 a 60 anos admitidos no Sistema de Saúde Mount Sinai, New York, durante o período de 2015 até 2018. Os pacientes, com ou sem asma, foram caracterizados com base nos seus biomarcadores nasais. Amostras do epitélio nasal foram coletadas usando uma bucha de citologia e analisadas em 2018 (sequenciamento de RNA). 

Do total de pacientes analisados (305), 48,9% eram do sexo masculino e 49,8% tinham asma. 

Os pesquisadores encontraram que as crianças mais novas tinham, em média, 22,4% mais expressão do gene codificando o receptor ACE2 do que a média entre os adultos mais velhos. A expressão do gene ACE2 mostrou variar de forma diretamente proporcional com o avanço da idade a partir de um valor mínimo na infância.



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Modelos ajustando para cofatores mostraram que a associação positiva entre a expressão do gene ACE2 e a idade eram independentes do sexo ou da presença de asma. Segundo concluíram os autores do estudo, a significativa menor expressão de ACE2 em crianças relativo aos adultos pode explicar porque a COVID-19 é menos prevalente nas crianças. Reforça a hipótese o fato do epitélio nasal ser considerado a principal porta de entrada para a infecção pelo SARS-CoV-2.

A única limitação do estudo é que a amostra analisada não incluiu indivíduos mais velhos do que 60 anos de idade.


(1) Publicação do estudo: JAMA

(2) Referência: EMA
Novo achado pode explicar a menor prevalência da COVID-19 em crianças Novo achado pode explicar a menor prevalência da COVID-19 em crianças Reviewed by Saber Atualizado on maio 21, 2020 Rating: 5

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