Maior longevidade e melhor saúde cardiovascular para os donos de cães

Segundo dois robustos estudos publicados no periódico Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes (1-2), da Associação Americana de Cardiologia, pessoas que possuem a companhia de um cão estão associadas com uma vida mais longa e melhor saúde cardiovascular, especialmente entre sobreviventes de ataques cardíacos e derrames. Isso reforça estudos prévios (3) que já tinham sugerido que ter um ou mais cães de estimação está associado com uma melhor saúde cardiovascular, provavelmente devido a um aumento nos níveis de atividade física e aumento de suporte social.

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(3) Para saber mais, acesse: Pessoas que possuem um cão parecem ter um risco menor de morte

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No primeiro estudo (1), os pesquisadores usaram dados do Registro Nacional Sueco de Pacientes para identificar todos os pacientes com idades de 40 a 85 anos que se apresentaram com um infarto miocárdico agudo (~182 mil no total, 5,7% deles possuindo pelo menos um cão de estimação) ou derrame isquêmico (~155 mil, 4,8% com pelo menos um cão de estimação) entre 1 de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2012. Informações individuais foram ligadas ao longo dos registros para causa de morte, sócio-demografia, e animais de estimação.

Com todos esses dados em mãos, os pesquisadores avaliaram todas as causas de morte e risco de hospitalização recorrente para a mesma causa até 31 de dezembro de 2012. Modelos foram ajustados para fatores sócio-econômicos, de saúde e demográficos, como idade, estado civil, presença de crianças na casa, área de residência e renda, assim como comorbidades registradas e hospitalização para doenças cardiovasculares nos últimos 5 anos.

Comparado com as pessoas que não possuíam um cão de estimação, os resultados das análises mostraram que:

i) O risco de morte para pacientes com ataque cardíaco vivendo sozinhos após hospitalização era 33% menor, e 15% menor para aqueles vivendo com um parceiro ou com uma criança.

ii) O risco de morte para pacientes com derrame vivendo sozinhos após hospitalização era 27% menor, e 12% menor para aqueles vivendo com um parceiro ou com uma criança.

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Já o segundo estudo (2) foi uma revisão sistemática e uma meta-análise englobando 3,8 milhões de pessoas associadas a 10 separados estudos. Desses estudos, nove incluíram comparação de mortalidade por todas as causas de morte para donos de cães e indivíduos que não possuem um cão, e quatro compararam eventos cardiovasculares entre esses dois grupos. Os pesquisadores encontraram que, comparado com os indivíduos que não possuíam cães, os donos de pelo menos um cão experienciaram:

i) Uma redução de 24% no risco de todas as causas de mortalidade.

ii) 65% de redução nos riscos de mortalidade após ataque um ataque cardíaco.

iii) 31% de redução no risco de mortalidade devido a problemas cardiovasculares.

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Somados, ambos os estudos sugerem fortemente que possuir pelo menos um cão de estimação está associado com uma vida mais longa e saudável. Como os estudos são observacionais, ou baseados em dados observacionais, não existe uma relação firme de causalidade (outros co-fatores podem estar sendo ignorados), mas são mais fortes evidências que se acumulam indicando que sim. A ligação evolucionária entre humanos modernos (Homo sapiens) e cães domésticos (Canis familiaris) parece ser mais forte do que antes pensado.


(1) Publicação do estudo: CCQO

(2) Publicação do estudo: CCQO