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Hong Kong, Japão e Islândia são os melhores países para se viver com base no HLI


Introduzido no ano de 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) trouxe uma nova e melhorada visão do grau de desenvolvimento de um país, afastando um referencial puramente econômico em favorecimento de uma combinação mais diversificada de componentes, englobando três no total: saúde, educação e economia. Esses três componentes são quantificados a nível de país usando-se quatro indicadores: expectativa de vida no nascimento, média e expectativa de anos de escola, e o logaritmo do PIB (Produto Interno Bruto) per capita.

Porém, o IDH ainda apresenta limitações e falhas, incluindo erros na mensuração dos seus componentes (especialmente no econômico), inconsistência histórica e trocas injustificadas entre seus componentes. Estudos nas últimas décadas já concluíram que 34% dos países são classificados erroneamente no IDH apenas devido aos erros nas medições dos seus componentes, principalmente nas estimativas de indicadores econômicos, os quais são complexos e muito volúveis ao longo dos anos, piorando ainda mais quando consideramos que uma metodologia única deve ser adotada para mensurar 180 países ao mesmo tempo. Em segundo lugar, os detalhes de como os componentes do IDH são computados frequentemente são mudados ao longo dos anos, por causa da falta de consenso sobre quais os melhores parâmetros a serem considerados. Nesse sentido, outro problema surge nas compensações: por exemplo, qual seria a quantidade de PIB per capita necessária para compensar por um ano perdido de expectativa de vida para um determinado país?

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Nesse sentido, um novo estudo publicado recentemente no periódico Population and Development Review, e realizado por pesquisadores da Universidade de Bocconi, propôs um novo índice para substituir o IDH: o Indicador de Vida Humana (HLI, na sigla em inglês).

O novo índice leva em conta somente a desigualdade-ajustada de expectativa de vida a partir do nascimento, com base em uma modificação da expectativa de vida que também leva em conta a distribuição de idades no momento de morte ao redor do seu valor médio. Nesse sentido, um país com várias pessoas em desvantagem morrendo jovens e muitas pessoas ricas morrendo velhas é considerado pior do que um país com toda a população vivendo até a mesma idade. Mesmo se os dois índices (HLI e IDH) são altamente correlacionados (0,93), o HLI também mede o progresso no sentido de reduzir a desigualdade no desenvolvimento humano. Além disso, a expectativa de vida é mais claramente comparável entre os países e ao longo do tempo, e os dados de mortalidade fornecem um retrato muito mais consistente de padrões de desenvolvimento a nível de país, tanto geograficamente quanto historicamente, segundo o novo estudo. E, de todos os componentes, é o menos suscetível a erros.

"Substituir uma série de indicadores com um único faz sentido porque os componentes do IDH são co-relacionados e pegar um não implica uma grande perda de informação," afirmou o co-autor do novo estudo, Simone Ghislandi, um professor adjunto no Departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Bocconi, em entrevista para o jornal da universidade (1). "Além disso, a expectativa de vida é a escolha certa porque é a mais confiável entre os componentes do IDH. Finalmente , assume-se implicitamente no IDH que a vida possui um valor diferente em diferentes países."

"Como a mesma pontuação de IDH pode ser alcançada com diferentes combinações de expectativa de vida e PIB per capita, combinando os dados você pode observar diferentes valores econômicos para um ano de vida em diferentes países", completou Ghislandi.

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O novo indicador modifica bastante o ranking de países com o melhor desenvolvimento humano, com significativa perda de posições, comparado com a revisão deste ano do IDH, para países ricos mas desiguais - os EUA caem da 13° para a 32° posição, a Austrália da 3° para a 10°, e a Alemanha da 5° para a 25° - e significativos ganhos para os mais igualitários - Japão pula da 19° para a 2°, Espanha da 26° para a 5°, e a Itália da 28° para a 6°. Abaixo, uma lista dos 30 países com maiores HLI hoje em comparação com a lista do IDH.


Na lista acima, podemos ver que a Noruega, que sempre monopolizou o 1° lugar nas últimas duas décadas no IDH, cai para a 9° posição no HLI. O alto PIB per capita do país é baseado, em parte, nos seus extensivos depósitos de óleo e gás no Mar do Norte, o que lhe garante uma substancial pontuação extra no IDH. Mas quando usa-se o HLI, o desenvolvimento humano no país perde muitas posições principalmente pelo fato de que os altos níveis de PIB per capita não foram traduzidos proporcionalmente em uma maior longevidade para a população.



Publicação do estudo: OnlineLibrary

(1) Referência adicional: Eurekalert

Obs.: Hong Kong não é um país, é uma região administrativa especial pertencente à China, mas que apresenta o perfil de um país. Vive sob o lema de "um país, dois sistemas" e é radicalmente diferente da China.

Hong Kong, Japão e Islândia são os melhores países para se viver com base no HLI Hong Kong, Japão e Islândia são os melhores países para se viver com base no HLI Reviewed by Saber Atualizado on dezembro 27, 2018 Rating: 5

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