Treino resistivo (musculação) melhora a resposta citoprotetora e capacidade de reciclagem do corpo

Segundo um estudo publicado hoje no periódico Acta Physiologica, realizado por pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, Finlândia, o conteúdo de autofagossomos e a resposta UPR são elevados quando jovens homens saudáveis que não faziam musculação passam a seguir um programa de exercícios resistivos.

A autofagia é uma importante rota catabólica nas células responsável pela limpeza de proteínas e organelas. Níveis patológicos de autofagia estão associados com o desgaste muscular, mas níveis fisiológicos são importantes para a reciclagem celular.

No novo estudo, os pesquisadores investigaram os níveis de indicadores de autofagia e também da resposta à proteínas mal enoveladas (UPR, na sigla em inglês) - uma resposta citoprotetora, relacionada com o Retículo endoplasmático, sendo outro sistema responsável pela manutenção celular da homeostase. As análises ocorreram via biópsia muscular após uma única série de exercício resistivo e após 21 semanas de treino resistivo, tanto em homens jovens e mais velhos destreinados, quanto em um grupo treinado.

Apesar de nos jovens destreinados os níveis fisiológicos de autofagia melhoraram significativamente, nos mais velhos destreinados a resposta foi baixa. Porém, para os níveis de UPR, benefícios foram observados para ambos os grupos, independentemente da idade. A autofagia e a resposta UPR, nesse caso, estariam agindo a favor da homeostase musculoesquelética.

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Portanto, esse é mais um motivo para a escolha da prática de musculação como uma atividade física de rotina. Os exercícios resistivos garantem diversos benefícios ao corpo - incluindo cardiovasculares - especialmente considerando que a massa musculoesquelética é importantíssima desde aspectos biomecânicos até hormonais. E, na velhice, ter tido uma boa construção muscular e óssea em idades mais jovens é crucial para uma boa qualidade de vida. Além disso, é uma forma mais do que saudável de modelar o corpo em termos estéticos.

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Publicação do estudo: WileyLibrary