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Todas as espécies de seres vivos possuem igual chance na luta pela vida, segundo novo estudo



Existem mais de 8 mlhões de espécies na Terra, mas parece que nenhuma delas, desde as gigantescas baleias-azuis até as microscópicas bactérias, possuem uma vantagem sobre outras em termos de luta pela sobrevivência, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Ecology & Evolution (1) e conduzido por pesquisadores de três Universidades nos EUA e no Reino Unido.

No novo estudo, os pesquisadores descreveram a dinâmica que começou com a origem da vida na Terra em torno de 4 bilhões de anos atrás (com esse valor estimado tendendo a ultrapassar os 4 bilhões de anos segundo evidências fósseis acumuladas até o momento). Segundo os resultados das análises, independentemente da vasta diferença de dimensões corporais, localização e história de vida, a maioria das plantas, animais e espécies microbianas são igualmente bem adaptadas na luta pela sobrevivência porque cada um desses seres transmitem aproximadamente a mesma quantidade de energia ao longo da sua vida para produzir a próxima geração da sua espécie.

Isso significa que cada elefante ou baleia-azul não contribui com mais ou menos energia por grama dos pais para a próxima geração do que uma formiga ou uma bactéria. Examinando a taxa de produção e o tempo de cada geração de milhares de plantas animais e micróbios os cientistas mostraram que cada um passa, na média, a mesma quantidade de energia para a próxima geração, independentemente das dimensões corporais. Uma única alga aquática unicelular recria sua própria massa corporal em um dia, mas vive por apenas um dia. Um grande elefante fêmea leva cerca de 2 anos para produzir seu primeiro bebê, e vive muito mais do que essa alga. Para todas as plantas e animais de portes diferentes entre si, esses dois fatores (taxa de produção de biomassa e tempo de geração) encontram um - virtualmente - exato balanço.

Em outras palavras, todos os organismos são de fato, na média, igualmente bem adaptados para a sobrevivência, segundo essa nova análise científica. Isso possui profundos impactos no entendimento da vida no nosso planeta e na evolução biológica.

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Se de um lado organismos microscópicos que pesam alguns microgramas vivem por curtíssimos períodos (horas até poucos dias) e geram grande quantidade relativa de biomassa e diariamente (ou mesmo por minuto), por outros lado mamíferos como a gigantesca baleia-azul - esta a qual ultrapassa facilmente os 30 metros de comprimento e 180 toneladas de massa corporal - podem viver até 100 anos mas gerando nova biomassa, incluindo bebês, de forma muito mais lenta. Nesse cenário, como pode uma enorme variedade em reprodução e sobrevivência permitir persistência e coexistência de tantas espécies no planeta?

De acordo com os pesquisadores, isso é porque existe uma permuta universal em como organismos adquirem, transforam e gastam energia para a sobrevivência e produção orgânica dentro de limites impostos pelo espaço físico e biológico.

Nesse sentido, no novo estudo foi também construído um modelo baseado em dados envolvendo taxas de investimento de energia no crescimento e reprodução, tempo de geração (comumente considerado 22-32 anos no caso dos humanos) e tamanho corporal de centenas de espécies alocadas em diferentes Reinos de seres vivos (Monera, Plantae, Protista, etc.). O resultado foi uma relação igual mas oposta entre taxa de crescimento e tempo de geração entre todos esses organismos, em algo que, junto com os outros resultados encontrados pelos pesquisadores, se encaixa com o 'paradigma da adaptação igualitária' (equal fitness paradigm). Esse paradigma já existe há um bom tempo, desde que se percebeu que a maioria dos organismos são mais ou menos igualmente bem adaptados em seus ambientes de vida, como evidenciado pela persistência de milhões de plantas, animais e micróbios que variam enormemente em tamanho, metabolismo e função.


As espécies são quase igualmente adaptadas para a sobrevivência porque todas elas devotam a mesma quantidade de energia por unidade de massa corporal - em grande parte derivada da fotossíntese - para produzir descendentes para a próxima geração, e quanto maior a atividade e menor a vida de pequenos organismos, maior a compensação através de uma menor atividade e maior longevidade de organismos maiores. Segundo os pesquisadores, esse balanço é o responsável pela grande diversidade de vida na Terra via evolução biológica: nenhuma dimensão corporal ou forma de vida possui uma vantagem em termos de atividade biológica do que outra. Nenhum modo de vida ou uso de energia é o melhor.

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Dada a enorme quantidade de condições ambientais na Terra, um tipo de organismo pode ganhar uma vantagem temporária, mas tal ganho será rapidamente alcançado com outro provindo de um organismo competidor. O resultado é o que os biólogos evolucionistas gostam de chamar de fenômeno Red Queen (Rainha Vermelha) (2), ou seja, todas as espécies precisam continuar correndo para conseguir acompanhar as outras e permanecerem na corrida evolucionária.


(1) Publicação do estudo: Nature

Todas as espécies de seres vivos possuem igual chance na luta pela vida, segundo novo estudo Todas as espécies de seres vivos possuem igual chance na luta pela vida, segundo novo estudo Reviewed by Saber Atualizado on janeiro 09, 2018 Rating: 5

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