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De acordo com novo estudo, o ancestral comum entre humanos e outros grandes primatas era menor do que o pensado


O tamanho corporal afeta diretamente como um animal se relaciona com o seu ambiente - organização social, necessidades energéticas, locomoção, etc. -, e nenhuma outra característica possui tão amplo espectro de implicações biológicas. Nesse campo, um estudo publicado esta semana na Nature Communications mostrou que o ancestral de todos os grandes primatas parece ter sido bem menor do que antes estimado.

Entre os primatas atualmente existentes, os humanos são os mais próximos parentes dos grandes primatas superiores (humanos, chimpanzés, gorilas e orangotangos) e inferiores (gibões) - superfamília Hominoidea. Esses hominoides surgiram e se diversificaram durante o Mioceno, entre cerca de 23 milhões a 5 milhões de anos atrás. Devido à escassez de fósseis, pesquisadores ainda não sabem como o ancestral desses mamíferos era ou de onde exatamente vieram.

Analisando as características dimensionais de fósseis de primatas diversos do Mioceno, com origem europeia, asiática e africana, pesquisadores da Stony Brook University encontraram que o ancestral comum dos grandes primatas era provavelmente pequeno, do tamanho de um gibão e com massa corporal em torno de 5,5 kg, favorecendo simulações do ambiente na época. Isso vai contra as suposições até agora vigentes, as quais colocavam dimensões próximas de um chimpanzé.
Gibões
Entre outras coisas, os achados possuem implicações para um comportamento que é crucial em primatas grandes e habitantes de árvores. A ´locomoção suspensa´, balanço e grande uso das mãos como pegada podem ter surgido para outras razões além de solucionar o problema de um animal muito grande para ficar se locomovendo de forma tradicional entre os galhos. Os pesquisadores sugerem que os ancestrais dos grandes primatas já possuíam certa locomoção suspensa, com o tamanho corporal maior evoluindo posteriormente, e com as duas adaptações ocorrendo em pontos separados da linha evolucionária.

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Essa nova hipótese entra para corroborar o menor tamanho de um ancestral comum dos grandes primatas. O desenvolvimento de uma locomoção suspensa pode ter sido parte de uma "corrida de braços" entre um grande número de espécies de macacos. O balanço de galho em galho permite ao animal alcançar um prêmio e outros alimentos inacessíveis - ex.: frutas nas pontas dos galhos - e uma grande massa corporal permitiria um confronto direto com outros macacos quando necessário.

Além disso, o novo estudo também revela que os australopitecos, um grupo de primitivos ancestrais humanos, possuíam dimensões médias inferiores aos seus ancestrais diretos - estes os quais tinham o tamanho de um chimpanzé - e que esse pequeno tamanho continuou até a chegada do Homo erectus, obedecendo provavelmente regimes ambientais seletivos, como disponibilidade de recursos.

No geral, os resultados da pesquisa mostram que as dimensões corporais parecem ter variado bastante na linhagem dos grandes primatas, ao contrário de seguirem uma linha de tendência dimensional fixa, como muitos tendem a imaginar em processos evolucionários.



Publicação do estudo: Nature
De acordo com novo estudo, o ancestral comum entre humanos e outros grandes primatas era menor do que o pensado De acordo com novo estudo, o ancestral comum entre humanos e outros grandes primatas era menor do que o pensado Reviewed by Saber Atualizado on outubro 12, 2017 Rating: 5

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