Altíssima temperatura da camada mais externa do Sol pode ser explicada pelas nanoflares!
Um dos maiores mistérios astronômicos do nosso Sistema Solar é o porquê da corona do Sol, sua camada mais externa, ser muito mais quente do que a superfície solar. Com seus vários milhões de kelvin de temperatura, a corona é cerca de 1000 vezes mais quente do que a superfície visível do Sol!
Agora, pesquisadores mostraram que relativas pequenas explosões conhecidas como "nanoflares" podem ser responsáveis pelas temperaturas tão extremas da corona.
A partir de observações de sete telescópios em um foguete chamado de FOXSI-2 - o qual fez uma viagem de 15 minutos no espaço para observar o Sol (mostrado na imagem da postagem no espectro de raio-X) -, os pesquisadores puderam analisar dados com maior precisão e sensibilidade, e notaram regiões do Sol emitindo luz a uma temperatura acima de 10000000°C (10 milhões de graus).
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Mas essas regiões de altíssima temperatura não estavam sendo causadas por flares - intensas emanações de luz causadas pelo campo magnético solar mudando bruscamente de forma -, já que elas não foram observadas. Ao invés disso, ficou claro que várias nanoflares estavam agindo em uma espécie de concerto, sendo a provável causa do extremo aquecimento da corona.
Nanoflares parecem ser 1 milhão de vezes mais fracas do que as flares, mas apenas uma delas possui energia suficiente para suprir toda a demanda energética anual dos EUA. Elas já tinham sido propostas como mecanismo de aquecimento da corona, mas nunca tinham sido observadas no Sol.
O achado foi publicado na Nature Astronomy, e agora os pesquisadores pretendem fazer mais observações de telescópio para conhecerem mais sobre as nanoflares.
Publicação do estudo: Nature
Altíssima temperatura da camada mais externa do Sol pode ser explicada pelas nanoflares!
Reviewed by Saber Atualizado
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outubro 09, 2017
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