Grande mancha de Júpiter ligada às temperaturas anormais do planeta!

(12/08/16) Tendo o diâmetro de três ´Terras´, a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, a qual é um gigantesco e contínuo furacão no planeta, pode ser parte dos eventos responsáveis pelo aquecimento anormal da sua atmosfera. A temperatura em médias e em baixas altitudes da atmosfera de Júpiter é muito maior do que o previsto (centenas de graus maior!), considerando sua distância com o Sol, e diversas teorias tentam explicar a fonte desse calor extra, com muitas apostando na atividade do centro do planeta. Mas, até agora, nenhuma conseguia ser plausível o suficiente.

Um artigo publicado nesta semana na Nature aposta em outra teoria, baseada nas observações do Espectômetro SpeX, no Telescópio de Infravermelho da NASA, no Havaí, EUA. Evidências dessas observações mostraram que uma ilha de calor com temperaturas em torno de 1500°C (centenas de graus maior do que qualquer outro ponto superficial do planeta) está localizada acima do Grande Furacão Vermelho. Essa ilha de calor seria gerada por poderosas ondas sonoras ´quebrando´ nas camadas superiores e mais rarefeitas da atmosfera de Júpiter, essas as quais seriam formadas pela atividade do enorme furacão. Assim como ondas do mar ´quebram´ na costa, liberando energia, essas ondas sonoras quebrariam na atmosfera superior liberando energia na forma de calor.

Caso essa proposta seja provada, isso pode solucionar o problema do aquecimento anormal (chamado de Crise Energética dos Planetas-Gigantes) não só de Júpiter, mas de outros gigantes gasosos, como Saturno. Eventos em menor escala do que o grande furacão, por exemplo, podem estar contribuindo também para o aquecimento em outras regiões de Júpiter através do mesmo processo.

Publicação do Estudo: Nature