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Fósseis no Berço da Humanidade são pelo menos 1 milhão de anos mais antigos do que o pensado, aponta estudo


[22 de junho de 2022] - O Berço da Humanidade é um Patrimônio Mundial da UNESCO na África do Sul que engloba uma variedade de depósitos associados a fósseis em um complexo e amplo conjunto de cavernas, incluindo as Cavernas de Sterkfontein, local que ficou famoso pela descoberta do primeiro Australopiteco (Australopithecus) adulto - um antigo gênero de hominini, muito próximo relacionado ao gênero Homo -, em 1936. Homininis incluem humanos (Homo) e nossos ancestrais mais antigos. Desde então, centenas de fósseis de Australopitecos têm sido encontrados nessa área, incluindo o esqueleto quase completo do espécime apelidado de Little Foot ("Pezinho", Australopithecus prometheus) (1), datado em ~3,7 milhões de anos atrás. Esses fósseis têm sido importantes para o entendimento do percurso inicial da evolução humana, e foram datados em uma faixa variando de 4 milhões até 2 milhões de anos atrás, a maior parte na faixa de 2-2,6 milhões de anos atrás. Porém, essas datações eram controversas, devido às complexas características geológicas dos sedimentos associados e aos métodos potencialmente inadequados de escavação utilizados nas décadas de 1930 e de 1940.


(1) Leitura recomendada: Little Foot: Nosso ancestral com cérebro metade humano metade chimpanzé


Agora, em um novo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (2), pesquisadores reanalisaram os fósseis e sedimentos associados nessas cavernas e encontraram que todos datam do mesmo período relativo ao A. prometheus, em torno de 3,4-3,7 milhões de anos atrás. As datações foram feitas através de análise de nuclídeos cosmogênicos associados a isótopos raros de alumínio-26 e de berílio-10 em minerais de quartzo (3). Em outras palavras, esses fósseis datam do início da emergência dos Australopitecos - os quais possuíam um bipedalismo bem desenvolvido e compartilhavam o ancestral comum direto com o gênero Homo - e quase 1 milhão antes da emergência dos gêneros Paranthropus e Homo. Isso coloca os hominídeos associados ao Berço da Humanidade no centro da história inicial da evolução humana - e junto a icônicos homininis como a Lucy, um australopiteco no leste Africano da espécie A. afarensis que viveu há cerca de 3,2 milhões de anos.


(3Leitura recomendadaComo calcular a idade dos fósseis e da Terra?


Esses achados são importantes porque colocam a África do Sul como outro potencial local de origem do ancestral direto da linhagem Homo, esta a qual emergiu em torno de 2,8-2 milhões de anos atrás; até o momento, tudo indicava o Leste Africano como origem. Além disso, derruba a ideia de que a espécie A. africanus (presente em Sterkfontein) seria descendente evolutivo do A. afarensis.


As análises com nuclídeos cosmogênicos mostraram também como escavações na primeira metade do século XX atrapalharam datações mais acuradas nas décadas subsequentes, ao misturar fósseis de diferentes idades.


REFERÊNCIA

Fósseis no Berço da Humanidade são pelo menos 1 milhão de anos mais antigos do que o pensado, aponta estudo Fósseis no Berço da Humanidade são pelo menos 1 milhão de anos mais antigos do que o pensado, aponta estudo Reviewed by Saber Atualizado on janeiro 01, 2023 Rating: 5

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