Vacina da Pfizer é segura e altamente eficaz entre adolescentes de 12 a 15 anos, reforçam estudos
Um estudo randomizado, placebo-controlado e multinacional, publicado no periódico The New England Journal of Medicine (Ref.1), analisou quase 3400 adolescentes de 12 a 15 anos, onde 2260 receberam duas doses da vacina BNT162b2 - vacina da Pfizer mRNA-baseada (!) - e 1131 receberam placebo. Os resultados indicaram um bom perfil de segurança, com efeitos colaterais predominantes englobando apenas dor de cabeça, fatiga e dor no local da injeção, e mostraram que a resposta imune foi inclusive maior do que aquela observada em jovens adultos. A eficácia global observada foi de 100%.
(!) Para mais informações sobre esse imunizante: Vacina da Pfizer é altamente eficaz no mundo real, apontam estudos
Mais recentemente, um estudo publicado também no The New England of Medicine (Ref.2) reforçou essa conclusão, ao analisar os dados de 44165 participantes vacinados em Israel com 16 anos ou mais e de 2264 participantes vacinados com 12 a 15 anos de idade. O estudo acompanhou os participantes por 6 meses após a vacinação, encontrando perfil excelente de segurança e efetividade variando de 91,3% até 100%, incluindo contra variantes de preocupação.
E diferente do que está sendo divulgado por grupos de resistência contra a vacina, eventos adversos e potencialmente sérios de miocardite (inflamação do músculo cardíaco, geralmente por causas virais) NÃO são comuns com a vacina mRNA-baseada da Pfizer. Tem sido ASSOCIADO (sem comprovação ainda de causa e efeito) um relativo aumento em raríssimos casos de miocardite após vacinação com esse imunizante, principalmente em jovens adultos (Ref.3). Além disso, a infecção pelo SARS-CoV-2 em indivíduos não-vacinados está associada com um aumento MUITO maior (pelo menos 6 vezes maior) de miocardite e diversas outras complicações bem conhecidas ou ainda não conhecidas.
Por exemplo, analisando o maior banco de dados médicos de Israel, o Clalit Health Services (HCO), pesquisadores em um estudo publicado no NEJM (Ref.4) avaliaram as taxas de incidência de miocardite em 2,5 milhões de vacinados com 16 anos ou mais de idade, e encontraram apenas 54 casos que atendiam ao critério médico da condição. A incidência estimada para cada 100 mil pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina foi de 2,13 casos. E apesar da maior taxa de incidência encontrada entre indivíduos de 16 a 29 anos (10,69/100000), em 76% do total o quadro de miocardite era leve e, em outros 22%, era intermediário. Dados retrospectivos desde o início da vacinação no país (Ref.5) apontam uma incidência maior após a segunda dose entre indivíduos de 16 a 19 anos (13,6/100000), mas ainda assim representando um evento raro, quase sempre leve, e ainda incerto se causado realmente pelo imunizante.
Nenhuma morte entre adolescentes está comprovadamente ligada às vacinas, enquanto que apenas em 2020 foram registrados 1207 óbitos de Brasileiros com menos de 18 anos por causa da COVID-19.
IMPORTANTE: A vacinação do maior número possível de crianças, adolescentes e adultos é crucial porque reduz drasticamente as taxas de transmissão, ajudando a prevenir, por exemplo, que adolescentes se tornem vetores para grupos de risco e não-vacinados. Esse é talvez o principal papel das vacinas em geral, não apenas proteger o indivíduo vacinado contra a doença alvo. E lembrando que quanto mais o vírus se dissemina, mais mutações e maior o risco para novas variantes de preocupação.
REFERÊNCIAS
Reviewed by Saber Atualizado
on
setembro 16, 2021
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