Últimas Notícias

[5]

Estudo reforça que as máscaras são altamente eficazes no controle epidêmico


Um estudo publicado no periódico Science (1) - usando dados observacionais e modelos teóricos - reforçou que as máscaras são efetivas no sentido de ajudar a mitigar a atual pandemia. Os pesquisadores mostraram que na maioria dos ambientes e situações, mesmo simples máscaras cirúrgicas (2) podem reduzir significativamente a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o número de reprodução (Rt, o número médio de indivíduos contagiados por cada infectado nas condições existentes em um momento determinado). Em ambientes com potencialmente alta carga viral na forma de aerossóis - principal forma de disseminação do SARS-CoV-2 (3) -, como em instalações médicas e espaços internos densamente ocupados, máscaras com maior eficiência de filtragem (ex.: N95 e FFFP2) deveriam ser usadas em combinação com outras medidas de proteção, como maior ventilação.


- Continua após o anúncio -


De acordo com o estudo, para reduzir o Rt de ~3 como originalmente foi observado no início da pandemia para menos do que 1, pelo menos 60-70% da população deveria seguir corretamente o uso das máscaras cirúrgicas, e ~40% no caso das máscaras N95 e FFP2. Para variantes de preocupação mais transmissíveis, esses valores precisariam subir. 


Na maioria dos ambientes, a abundância viral no ar é relativamente baixa, e é onde as máscaras são extremamente efetivas caso acompanhadas de distanciamento social. Apenas uma pequena fração das partículas respiratórias exaladas contém vírus, sendo necessário exposição única a pelo menos 1000 partículas virais infecciosas para o início de uma infecção efetiva. Em ambientes fechados e pouco ventilados, a concentração de partículas virais no ar pode aumentar rápido mesmo com poucas pessoas nesses locais.


Nesse último ponto, um estudo de revisão publicado no periódico Journal of Internal Medicine (4) trouxe forte evidência de que o ato de falar sem máscara representa o maior risco de transmissão do SARS-CoV-2, especialmente se o ambiente é pouco ventilado. Durante a fala, milhares de gotículas de tamanho intermediário (15-100 μm) - constituídas basicamente de saliva - e potencialmente ricas em partículas virais infecciosas são expelidas da parte da frente da cavidade oral, e grande parte do conteúdo de água acaba evaporando ou desidratam no ar ambiente, transformando essas gotículas em aerossóis, estes capazes de persistir no ar por vários minutos através de correntes de ar convectivas. Mesmo gotículas pequenas expelidas, carregando um menor número de partículas virais, essas podem se acumular no ar com o tempo em ambientes internos sem boa ventilação.


A cavidade bucal, incluindo particularmente as glândulas salivares e a gengiva, também é infectada pelo SARS-CoV-2, aumentando a concentração de partículas virais infecciosas na saliva e a importância das máscaras especialmente durante interação próxima entre as pessoas. Para mais informações, fica a sugestão de leitura: Dois estudos confirmam que o novo coronavírus infecta a boca, incluindo gengiva e glândulas salivares


IMPORTANTE: Máscaras podem também proteger as pessoas contra a COVID-19 através de mecanismos que vão além da barreira física. Para mais informações, acesse: Nova hipótese explica como as máscaras podem prevenir uma COVID-19 mais severa


(1) Publicação do estudohttps://science.sciencemag.org/content/early/2021/05/19/science.abg6296


(2) Máscaras caseiras, se feitas com tecidos corretos e bem ajustadas ao rosto, podem ser tão efetivas quanto às máscaras cirúrgicas. Isso foi reforçado em um estudo recente publicado no periódico Physics of Fluidsno qual os pesquisadores mostraram que máscaras caseiras feitas com três camadas de tecido reduzem a exposição viral em torno de 50-75%, e, se duas pessoas - uma saudável e outra infectada - estiveram usando tais máscaras, a exposição total pode ser reduzida em até 94%. O ajuste das máscaras é o elemento mais crucial. Para mais informações sobre essa questão (melhores máscaras caseiras, mecanismo de ação, etc.), acesse: Quais são as melhores e piores máscaras caseiras contra a COVID-19?


(3) Evidências acumuladas não deixam espaço para outro cenário relativo ao mecanismo dominante de transmissão (no caso, aérea). Para mais informações sobre essa questão, acesse: Dez linhas de evidências suportam transmissão aérea do novo coronavírus como dominante


(4Publicação do estudohttps://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joim.13326

Estudo reforça que as máscaras são altamente eficazes no controle epidêmico Estudo reforça que as máscaras são altamente eficazes no controle epidêmico Reviewed by Saber Atualizado on junho 10, 2021 Rating: 5

Sora Templates

Image Link [https://2.bp.blogspot.com/-XZnet68NDWE/VzpxIDzPwtI/AAAAAAAAXH0/SpZV7JIXvM8planS-seiOY55OwQO_tyJQCLcB/s320/globo2preto%2Bfundo%2Bbranco%2Balmost%2B4.png] Author Name [Saber Atualizado] Author Description [Porque o mundo só segue em frente se estiver atualizado!] Twitter Username [JeanRealizes] Facebook Username [saberatualizado] GPlus Username [+jeanjuan] Pinterest Username [You username Here] Instagram Username [jeanoliveirafit]