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Transmissão respiratória é, de longe, a mais importante na atual pandemia

 

Em um robusto estudo publicado no periódico Annals of Internal Medicine (1), pesquisadores do Centro Médico Montefiore, Hospital da Universidade da Pennsylvania, Hospital Geral de Massachusetts, Escola Médica de Harvard e Hospital de Brigham e de Mulheres, EUA, analisaram artigos científicos publicados entre janeiro e setembro deste ano, assim como artigos e reportes relevantes institucionais ou governamentais, para determinar os fatores virais, de hospedeiro e ambientais que contribuem para a disseminação da COVID-19. Após uma robusta análise, eles encontraram que apesar de experimentos laboratoriais sugerirem que partículas virais do SARS-CoV-2 persistirem por horas após inoculação em aerossóis ou em superfícies (I), estudos investigando o ambiente do 'mundo real' têm demonstrando baixos níveis de RNA viral sobre superfícies, e poucos têm conseguido isolar partículas virais viáveis.


(I) Sugestão de leitura: Quanto tempo o novo coronavírus sobrevive sobre superfícies e no ar?


Por outro lado, os pesquisadores encontraram forte evidência de reportes de casos isolados e de surtos localizados que a transmissão respiratória do vírus (via gotículas e menos comumente via aerossóis) é a forma dominante, com proximidade e ventilação sendo determinantes cruciais do risco de transmissão. Mesmo nos poucos casos analisados onde contato direto ou transmissão indireta a partir de materiais e superfícies foi sugerida, a transmissão respiratória não era totalmente descartada. Isso reforça a importância das máscaras e do distanciamento social.


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Entre os pontos principais de conclusão do estudo, estão: 


- Transmissão respiratória (via gotículas e aerossóis expelidos pela boca e pelo nariz durante a respiração, fala, espirro e tosse) é o modo dominante de transmissão. Nessa rota aérea, as partículas virais infecciosas ficam suspensas em gotículas de vários tamanhos e menos comumente associados a aerossóis, e acabam sendo aspiradas pelas pessoas pelas vias respiratórias.


- Transmissão vertical (via placenta, da mãe para o feto) ocorre raramente (Leitura recomendada: Amamentação, placenta, esgoto e atividade sexual transmitem o novo coronavírus?)


- Gatos e furões podem ser infectados e transmitir entre eles, mas não existem casos reportados até o momento de transmissão para humanos; martas (gênero Mustela) transmitem o vírus entre elas e para humanos (Leitura recomendada: Gatos e outros animais não-humanos podem ser infectados pelo novo coronavírus?)


- Contato direto e transmissão via superfícies e objetos contaminados são presumidas mas provavelmente são um modo muito raro de transmissão.


- Apesar de partículas virais viáveis terem sido isoladas da saliva e de fezes e RNA viral ter sido isolado do esperma e de sangue doado, não existem casos reportados de transmissão fecal-oral do SARS-CoV-2, ou via rotas sanguíneas e sexuais. Até o momento, existe apenas um caso reportado de surto localizado ligado a uma possível rota de transmissão fecal-respiratória (Leitura recomendada: Amamentação, placenta, esgoto e atividade sexual transmitem o novo coronavírus?).


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Além desses achados, os pesquisadores encontraram que o pico de infecciosidade dos infectados ocorre em torno de 1 dia antes dos sintomas emergirem e declina dentro de uma semana após a emergência dos sintomas, sem evidência de transmissão após o paciente experienciar sintomas por 1 semana. O vírus possui dinâmicas heterogêneas de transmissão: a maioria das pessoas não parecem transmitir o vírus, porém existem muitas que podem causar vários casos secundários em grupos de transmissão específicos chamados de "eventos de super-disseminação". É incerto ainda o que determina esses eventos, mas alta carga viral é um importante fator suspeito.

Segundo os pesquisadores, os eventos de super-disseminação sustentam as epidemias do SARS-CoV-2 e frequentemente englobam pessoas próximas umas das outras por estendidos períodos de tempo em ambientes fechados com baixa ventilação. Ainda segundo os pesquisadores, revisões das políticas de controle epidêmico precisam ocorrer baseadas nessas novas informações.


(1) Publicação do estudo: AIM

> Leitura recomendada: Quais são as melhores e piores máscaras caseiras contra a COVID-19?

Transmissão respiratória é, de longe, a mais importante na atual pandemia Transmissão respiratória é, de longe, a mais importante na atual pandemia Reviewed by Saber Atualizado on setembro 18, 2020 Rating: 5

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