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Últimas da pandemia: Embriões humanos podem ser suscetíveis ao novo coronavírus

 


Últimas atualizações - estudos revisados por pares - sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e sua doença associada (COVID-19). No momento, já são mais de 733 mil mortes confirmadas e quase 20 milhões de casos registrados, números provavelmente muito subestimados. Nas últimas semanas, recordes e mais recordes de casos diários registrados continuam sendo divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, ultrapassamos as 100,5 mil mortes confirmadas e já temos 3 milhões de casos registrados.


> Embriões humanos podem ser suscetíveis ao SARS-CoV-2. Em um estudo publicado no periódico Royal Society Open Biology (Ref.1), pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) encontraram que genes considerados essenciais para a infecção do SARS-CoV-2 às células estão também presentes no embrião humano durante a segunda semana de gravidez. Usando uma tecnologia especial que simula um meio 'natural' para a cultura de embriões humanos, os pesquisadores analisaram a expressão/atividade de vários genes nas células embrionárias em estágios de implantação (trofoblasto e blastócito, sincitiotrofoblasto e hipoblasto). Eles encontraram a expressão e a co-expressão dos genes responsáveis pelo receptor glicoproteico ACE2 e pela protease TMPRSS2, ambos essenciais para a entrada do vírus nas células hospedeiras. Considerando que a placenta é também atacada pelo SARS-CoV-2 e que a infecção intrauterina foi recentemente confirmada, o achado reforça que as grávidas devem buscar minimizar ao máximo o risco de infecção pelo vírus.


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> Bolbos gustativos não parecem ser o alvo do SARS-CoV-2.
Nos mamíferos, o epitélio da língua é composto por várias regiões constituídas por visíveis saliências chamadas de papilas gustativas. Em cada uma dessas papilas, encontramos pequenos bolbos que contêm células receptoras de gosto (CRG) responsáveis por gerar um sinal nervoso da sensação gustativa. Um dos mais comuns e característicos sintomas da COVID-19 é a perda de olfato e/ou de paladar. Porém, é ainda incerto como o vírus causa a perda parcial ou total de paladar, mas um ataque direto aos bolbos gustativos tem sido proposto. Nesse sentido, um estudo publicado no periódico ACS Pharmacology & Translational Science (Ref.2) resolveu investigar onde os receptores ACE2 - cruciais para a infecção do SARS-CoV-2 - eram expressos na língua. Eles encontraram que os bolbos gustativos não expressam ou expressam muito pouco esse receptor, este o qual é encontrado em abundância apenas na superfície da língua não-diretamente associada à geração de paladar. Considerando o achado, os pesquisadores propuseram que a inflamação causada pela COVID-19 pode estar danificando os bolbos gustativos, não um ataque direto pelo vírus.


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> Maior produtora de vacinas do mundo aposta todas suas fichas na vacina da Oxford.
O Instituto Serum da Índia produz 1,5 bilhões de doses de vacinas todos os anos. Agora, a instituição colocou todas as suas apostas na vacina contra o SARS-CoV-2 baseada em adenovírus (ChAdOx1) desenvolvida pela Universidade de Oxford, Reino Unido, e a qual está também sendo produzida em parceria com o Brasil (e já sendo testada nos Brasileiros). O Instituto Serum está se preparando para produzir 500 doses da vacina por minuto, um investimento de US$450 milhões (Ref.3). Os donos da instituição - família Poonawallas, uma das mais ricas da Índia - afirmaram que 50% das vacinas produzidas serão destinadas para a Índia e 50% visará outros países, especialmente os mais pobres.


> Muita cautela na abertura das escolas. Segundo dois estudos publicados simultaneamente no periódico The Lancet Child & Adolescent Health journal (Ref.4), medidas de controle epidêmico e rastreamento efetivo de casos são essenciais para uma abertura segura das escolas durante a atual pandemia. O primeiro estudo analisou o impacto do plano de abertura de escolas no Reino Unido previsto para setembro e encontrou que uma segunda onda epidêmica da COVID-19 pode ser evitada no país caso a abertura seja acompanhada por um programa de rastreamento e isolamento de casos com cobertura suficientemente ampla. Uma cobertura mínima seria a testagem de pelo menos 59%-87% das pessoas sintomáticas em algum ponto da infecção ativa pelo SARS-CoV-2, e o rastreamento e isolamento dos casos positivos. Já o segundo estudo, analisando dados coletados entre janeiro e abril no estado Australiano de New South Wales, encontrou baixos níveis de transmissão nas escolas e nas creches quando medidas de controle epidêmico - como uso universal de máscaras e distanciamento social - e de rastreamento dos casos são colocados em prática. Nesse último estudo, entre as 25 escolas e creches analisadas, apesar de 27 crianças ou professores terem ido às instituições educacionais enquanto infectados, apenas um adicional de 18 pessoas mais tarde se tornaram infectadas (de um total de 1448 contatos - uma taxa secundária de infecção de 1,2%). Esses achados são animadores mas preocupantes no caso do Brasil, que possui uma capacidade muito limitada de testagem e quase nula de rastreamento, e uma grande dificuldade de colocar em prática medidas efetivas de controle epidêmico - e mesmo assim a abertura de escolas está sendo promovida em várias regiões.


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> Existem seis tipos do novo coronavírus circulando pelo mundo.
Um estudo publicado no periódico Frontiers in Microbiology (Ref.5), analisando 48635 genomas isolados do SARS-CoV-2, encontrou que existem seis cepas virais circulando ao redor do mundo. Mas os pesquisadores também encontraram algo animador: a taxa de mutação do SARS-CoV-2 parece ser muito lenta, e pouca variabilidade foi encontrada entre as amostras analisadas (7,23 mutações por amostra). O vírus comum do influenza (gripe) possui uma taxa de variabilidade que é mais do que o dobro. Isso significa que uma vacina efetiva para uma cepa será provavelmente efetiva para as outras cepas. O tipo de mutação mais comum observado no SARS-CoV-2 foram transições de nucleotídeos únicos. Uma mutação de maior preocupação, e que pode ter deixado o vírus mais infeccioso, é a D614G, prevalente na Europa e pertencente à cepa/clado G. 



Leituras complementares:

REFERÊNCIAS (links para os estudos reportados)
Últimas da pandemia: Embriões humanos podem ser suscetíveis ao novo coronavírus Últimas da pandemia: Embriões humanos podem ser suscetíveis ao novo coronavírus Reviewed by Saber Atualizado on agosto 09, 2020 Rating: 5

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