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Cientistas confirmam primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus

 

Pesquisadores em Hong Kong reportaram hoje a confirmação do primeiro caso de reinfecção com o novo coronavírus (SARS-CoV-2), vírus responsável pela COVID-19. Isso reforça as preocupações levantadas por estudos prévios (I) indicando que a imunidade ao SARS-CoV-2 - pelo menos em termos de anticorpos neutralizantes - persiste apenas por poucos meses em parte das pessoas, algo que também possui implicações para a produção de vacinas.


> (I) Leitura recomendada:  Pacientes recuperados que continuam ou voltam a testar positivo são infecciosos?


"Um paciente aparentemente jovem e saudável teve um segundo caso de infecção que foi diagnosticado 4,5 meses após o primeiro episódio," afirmaram os cientistas da Universidade de Hong Kong.


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O paciente em questão tem 33 anos de idade e teve apenas sintomas levas na primeira vez, e nenhum sintoma na segunda infecção (talvez devido à presença células-T de memória associadas à primeira infecção, otimizando a resposta imune na segunda infecção, I). Segundo os pesquisadores, a re-infecção foi descoberta quando ele retornou de uma viagem para a Espanha, e o vírus isolado e sequenciado se mostrou próximo relacionado com a cepa circulando na Europa em julho e agosto (II).


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> Existem seis tipos do novo coronavírus circulando pelo mundo. Um estudo publicado no periódico Frontiers in Microbiology, analisando 48635 genomas isolados do SARS-CoV-2, encontrou que existem seis cepas virais circulando ao redor do mundo. Mas os pesquisadores também encontraram algo animador: a taxa de mutação do SARS-CoV-2 parece ser muito lenta, e pouca variabilidade foi encontrada entre as amostras analisadas (7,23 mutações por amostra). O vírus comum do influenza (gripe) possui uma taxa de variabilidade que é mais do que o dobro. Isso significa que uma vacina efetiva para uma cepa será provavelmente efetiva para as outras cepas. O tipo de mutação mais comum observado no SARS-CoV-2 foram transições de nucleotídeos únicos. Uma mutação de maior preocupação, e que pode ter deixado o vírus mais infeccioso, é a D614G, prevalente na Europa e pertencente à cepa/clado G. 

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"Nossos resultados provam que a segunda infecção do paciente foi causada por uma nova cepa viral que ele adquiriu ao invés de uma prolongada e persistente presença de fragmentos virais [da primeira infecção] ," disse Dr. Kelvin Kai-Wang To, um microbiólogo clínico da Universidade de Hong Kong. 


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Segundo especialistas não-associados ao reporte, dado que existem milhões de casos ao redor do mundo, não é inesperado que alguns poucos, ou até mesmo algumas dezenas, de pessoas sejam re-infectadas com o vírus após apenas alguns poucos meses. De fato, médicos têm reportado vários casos de aparentes re-infecções nos EUA e em outros lugares, mas nenhum desses casos têm sido rigorosamente confirmados. Já é bem estabelecido que algumas pessoas recuperadas da COVID-19 podem continuar eliminando fragmentos virais ou partículas virais não-infecciosas por semanas, algo que gera testes positivos mesmo na ausência de partículas virais infecciosas.


No entanto, no caso do paciente de Hong Kong, os pesquisadores sequenciaram o vírus de dois distintos e temporalmente bem separados eventos de infecção, revelando materiais genéticos virais diferentes nas duas ocasiões. Essas observações corroboram que o paciente foi reinfectado.


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Resfriados comuns causados por coronavírus (III) são conhecidos de causarem reinfecções em menos de um ano, mas especialistas tinham esperança que o SARS-CoV-2 pudesse se comportar mais como seus mais próximo parentes evolutivos: os coronavírus responsáveis pela SARS (SARS-CoV-1) e pela MERS (MERS-CoV) (IV), os quais produzem uma robusta resposta imune que dura por alguns anos, prevenindo reinfecções durante longos períodos. No entanto, é óbvio lembrar que nem a SARS nem a MERS chegaram nem perto de causar uma pandemia como a observada agora.


> Leitura recomendada: 



> Referência: The New York Times

Cientistas confirmam primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus Cientistas confirmam primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus Reviewed by Saber Atualizado on agosto 24, 2020 Rating: 5

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