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Estudo revela a real eficácia de métodos individuais de proteção contra a COVID-19

        

Uma robusta revisão sistemática e meta-análise publicada ontem no The Lancet (1) analisou todas as evidências disponíveis - incluindo 172 estudos observacionais - sobre a eficácia do distanciamento físico, uso de máscaras e de proteção ocular em relação à disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e doença associada (COVID-19). No momento, já são mais de 6,3 milhões de casos confirmados de infecção com o SARS-CoV-2 e mais de 377 mil mortes registradas ao redor do mundo devido à COVID-19, e esses números subestimam e muito os valores reais.


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Na revisão, os pesquisadores encontraram que manter pelo menos 1 metro de distância de outras pessoas assim como usar máscara e proteção para os olhos, dentro ou fora de uma área hospitalar, podem representar - em conjunto - as melhores estratégias para reduzir a chance de transmissão ou infecção viral. Entre os principais achados do estudo, temos:

- O distanciamento físico de pelo menos 1 metro diminui substancialmente o risco de transmissão do SARS-CoV-2, mas distâncias em torno de 2 metros podem ser mais efetivas.

- O uso de máscaras faciais - ou outras formas de cobertura facial - podem proteger tanto os profissionais de saúde quanto o público em geral contra a infecção pelo SARS-CoV-2 (especialmente a N95 e similares), e protetores para os olhos podem também oferecer benefício adicional; porém, as evidências para ambas as formas de proteção (facial e ocular) são baixas.

- Importante, mesmo quando usadas de forma apropriada e combinada, nenhuma dessas intervenções oferecem proteção completa e outras medidas básicas de proteção (como higiene das mãos) são essenciais para reduzir a transmissão.


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> É importante também reforçar que, para o caso do distanciamento físico, muitas variáveis podem inutilizar o amplamente recomendado '1-2 metros'. 

No caso da tosse e de espirros, evidências científicas mais recentes mostram que nuvens de alto-momento de gotículas e de aerossóis são formadas durante esses eventos fisiológicos e podem alcançar até 8 metros de distância. Para mais informações, acesse: Espirro e tosse mandam gotículas contaminadas até 8 metros de distância

Para indivíduos realizando atividades físicas (corridas ou caminhadas, por exemplo), um longo rastro de gotículas e aerossóis contaminados podem ser criados durante a trajetória do praticamente infectado. Para mais informações, acesse: Praticantes de atividades físicas ao ar livre deixam longo 'rastro' de gotículas

Já um estudo mais recente, publicado no periódico Physics of Fluids (2), mostrou que mesmo uma leve brisa de 4 km/h é suficiente para carregar partículas da saliva até 6 metros em 5 segundos. Pessoas de menor altura podem estar mais em risco a mais longas distâncias.


Por isso o isolamento social amplo (quarentenas e lockdowns) acabam sendo necessários durante períodos de alta disseminação da doença, como ocorre atualmente no Brasil. 
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O estudo, conduzido para suportar guias de recomendação da Organização Mundial de Saúde, marca a primeira vez que os cientistas sistematicamente analisaram o uso ideal dessas medidas de proteção tanto entre o público geral quanto entre profissionais de saúde. Até o momento, governos em diferentes países estavam dando recomendações variáveis - ou dando ênfases aleatórias - sobre essas medidas de intervenção visando achatar a curva de contágio. As evidências acumuladas e analisadas na revisão incluem estudos sobre a COVID-19, SARS, e MERS publicados até o dia 3 de maio de 2020. No entanto, para mais firmes conclusões e recomendações, estudos clínicos randomizados controlados visando as intervenções preventivas são necessários.


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Ainda segundo o estudo, as melhores evidências disponíveis até o momento sugerem que o SARS-CoV-2 é mais comumente disseminado via gotículas respiratórias, especialmente quando as pessoas tossem ou espirram, entrando através dos olhos, nariz e boca (3), ou indiretamente ao tocar uma superfície contaminada. Debate ainda continua sobre o papel dos aerossóis (através do ar) na disseminação do vírus (4).

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(3) Evidências mais recentes indicam que o nariz é a porta de entrada da infecção, com o vírus primeiro se estabelecendo no trato respiratório superior e subsequentemente migrando para o trato respiratório inferior, onde a COVID-19 pode se desenvolver. Para mais informações, acesse: Como a COVID-19 mata? Incerteza traz grave alerta para tratamentos utilizados a esmo

(4) Todas as evidências até o momento apontam para um papel relevante dos aerossóis para a disseminação do vírus. Para mais informações, acesse: Quanto tempo o novo coronavírus sobrevive sobre superfícies e no ar?
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(1) Publicação do estudo: The Lancet

(2) Publicação do estudo: AIP

Estudo revela a real eficácia de métodos individuais de proteção contra a COVID-19 Estudo revela a real eficácia de métodos individuais de proteção contra a COVID-19 Reviewed by Saber Atualizado on junho 02, 2020 Rating: 5

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