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Doença humana é encontrada no osso fossilizado de um dinossauro


Em um estudo publicado no periódico Scientific Reports (1), pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, Israel - em colaboração com pesquisadores da Universidade de Zurich e do Museu Real de Paleontologia -, reportaram um notável achado. Na vértebra fossilizada de um hadrossaurídeo (dinossauro da família Hadrosauridae), de 60 milhões de anos atrás, foi confirmado um tumor benigno associado à doença de LCH (histiocitose de células de Langerhans), uma rara e às vezes dolorosa doença que ainda afeta humanos, particularmente crianças com menos de 10 anos de idade.

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Os hadrossaurídeos, também conhecidos como 'dinossauros bico-de-pato', eram animais herbívoros que possuem um registro fóssil quase global e associado ao Cretáceo Superior. Esses dinossauros alcançavam um comprimento acima de 10 metros, uma massa corporal de várias toneladas, e parecem ter vivido em grandes rebanhos. São particularmente conhecidos no Sul de Alberta, Canadá, onde ossos e dentes individuais ocorrem em abundância.

A histiocitose de células de Langerhans é uma lesão óssea similar a um tumor osteolítico benigno que é comumente manifestada no sistema esquelético tanto na forma unifocal quanto na forma multifocal. Apesar de rara, é a mais comum das desordens ósseas granulomatosas não-infecciosas. Uma histiocitose é o resultado clonal de mutação e proliferação neoplásticas de células-tronco hematopoiéticas precursoras de fagócitos mononucleares (histiócitos) ou de células dendríticas precursoras. A forma mais comum de LCH - granuloma eosinofílico - é uma lesão óssea isolada, mais comumente afetando crianças (idades entre 5 e 10 anos), com uma prevalência um pouco superior no sexo masculino. Geralmente afeta o crânio, seguido pelo fêmur, mandíbula, pélvis, coluna espinhal, e costelas. Suas características mudam de acordo com a localização no corpo, e a doença pode ser sintomática (dores, deformidades, etc.) ou assintomática.

No novo estudo, os pesquisadores realizaram análises macroscópicas e microscópicas - usando também micro-tomografia computadorizada - de duas vértebras de um esqueleto de hadrossaurídeo com sinais de patologia, comparando-as com dois esqueletos humanos diagnosticados com LHC. A investigação comparativa mostrou que a lesão associado às vértebras do hadrossaurídeo eram indistinguíveis daquelas vistas em humanos, implicando que os hadrossaurídeos também eram vítimas de LCH, e que esta doença pode ser independente de filogenia e não única aos humanos, se arrastando no percurso evolutivo desde a época dos dinossauros.



Essa não é a primeira doença afetando os humanos e outros animais modernos também observadas ou inferidas a partir de fósseis de dinossauros. Por exemplo, gota já foi reconhecida no grupo de dinossauros a qual pertence os famosos Tiranossauros, osteoartrite no Iguanodon, e hiperostose idiopática esquelética (DISH) no gênero Apatosaurus.


(1) Publicação do estudo: Nature

Doença humana é encontrada no osso fossilizado de um dinossauro Doença humana é encontrada no osso fossilizado de um dinossauro Reviewed by Saber Atualizado on fevereiro 11, 2020 Rating: 5

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