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Descoberto manuscrito Medieval original sobre Merlin e o Rei Artur


Em uma descoberta de grande sorte, acadêmicos das Universidades de Bristol e de Durham, Reino Unido, identificaram perdidos em arquivos da Biblioteca Central de Bristol fragmentos de um manuscrito original da Idade Média, o qual conta parte da história de Merlin o mago, uma das mais famosas personagens da lenda Arturiana.

Agora, os pesquisadores estão analisando os sete fragmentos de pergaminho, os quais são pensados de fazerem parte de uma sequência de textos do Antigo Francês conhecida como Ciclo de Vulgata ou Ciclo de Lancelot-Graal, datada do século XIII. Partes da Vulgata foram provavelmente usadas por Sir Thomas Malory (1415-1471) como uma fonte para seu Le Morte D´Arthur (publicado em 1485 por William Caxton), o qual é por si próprio o principal texto-fonte para várias versões modernas da lenda Arturiana em Inglês. No entanto, nenhuma versão conhecida até o momento tinha sido provada de ser exatamente como aquela original que Malory tinha usado.

Além do valor de autenticidade dos fragmentos, o mais notável elemento do conteúdo deles são as evidências de sutis, mas significativas, diferenças em relação à narrativa tradicional das histórias.



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Os sete fragmentos de pergaminho foram descobertos pelo professor Michael Richardson da Biblioteca de Coleções Especiais da Universidade de Bristol. Os fragmentos foram encontrados colados dentro de uma edição de quatro volumes dos trabalhos do acadêmico e reformador Francês Jean Gerson (1363-1429). Reconhecendo alguns nomes Arturianos bem familiares, Richardson entrou em contato com a Dra. Leah Tether, Presidente da Sociedade Arturiana Internacional (Ramificação Britânica), do Departamento de Inglês de Bristol, para ver se o achado tinha alguma significância.

Tether imediatamente reconheceu o texto de onde os fragmentos eram e rapidamente reuniu um time de especialistas, incluindo seu marido - um historiador do período Medieval e especialista em manuscritos -, Dr. Benjamin Pohl, do Departamento de História da Universidade de Bristol, e a Dra. Laura Chuhan Campbell, uma especialista das histórias de Merlin do Antigo Francês, da Universidade de Durham. O time está agora investigando os fragmentos.




O objetivo é revelar o máximo de informações que os fragmentos possam carregar, incluindo quando e onde foram feitos, como influenciaram os contos modernos, e como eles vieram parar colados com os volumes de Gerson. Os livros nos quais os fragmentos foram encontrados foram todos produzidos em Strasbourg, França, entre 1494 e 1502. Em algum ponto, os livros acabaram indo parar na Inglaterra - provavelmente não-colados aos fragmentos - e só então anexados juntos (fragmentos e livros) no início do século XVI.

"Tempo e pesquisa irão revelar os segredos sobre as lendas de Artur, Merlin e o Santo Graal que esses fragmentos guardam," disse Dra. Tether em entrevista para o jornal da Universidade de Bristol (1). "South West e Wales são, claro, próximo-ligados com várias localizações feitas famosas pela lenda Arturiana, e por isso é tão especial encontrar um antigo fragmento da lenda que pré-data quaisquer versões escritas em Inglês."

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No geral, os sete fragmentos - que os pesquisadores suspeitam terem sido parte de oito folhas de pergaminho no total - representam uma sequência contínua da narrativa Estoire de Merlin (apesar dos fragmentos estarem colados fora de uma ordem cronológica), especificamente em uma seção conhecida como 'Suite Vulgate de Merlin' (Continuação Vulgata de Merlin).

Os eventos nessa narrativa começam com Arthur, Merlin e Gawain, acompanhados de outros cavaleiros, incluindo Rei Ban e Rei Bohors, se preparando para a batalha em Trebes contra o Rei Claudas e seus seguidores. Merlin estava criando estratégias para o melhor plano de ataque. Então, segue-se uma longa descrição da batalha. Em um ponto, as forças de Arthur parecem enfraquecidas, mas um discurso feito por Merlin, urgindo que eles evitem a covardia, leva-os novamente ao ataque, com Merlin liderando o avanço usando o brasão especial de dragão de Sir Kay que o mago tinha dado de presente a Arthur, e o qual cuspia real fogo.

No final, as forças de Artur saem triunfantes. Rei Artur, Ban e Bohors, e os outros cavaleiros, são então acomodados no Castelo de Trebes.

Naquela noite pós-batalha, Ban e sua esposa, Rainha Elaine, conceberam uma criança. Elaine, então, teve um estranho sonho sobre um leão e um leopardo, este último o qual parecia pré-figurar seu filho que ainda nasceria. Ban também teve um terrível sonho, no qual ele ouvia uma voz. Ele acorda e vai para a Igreja.

Durante a estadia de Artur no reino de Benoic pelo mês seguinte, Ban e Bohors são capazes de continuarem lutando e derrotarem Claudas. Mas após Artur partir para tratar de assuntos em suas próprias terras, Claudas mais uma vez triunfa.

A narrativa então volta o foco para as explicações parciais de Merlin para os sonhos de Ban e Elaine. Após isso, Merlin se encontra com Viviane, cujo desejo é saber como colocar as pessoas para dormir (ela deseja fazer isso com seus pais). Merlin fica com Viviane por uma semana, aparentemente se apaixonando por ela, mas consegue resistir ao consumo do amor. Merlin então retorna para Benoic para se juntar a Artur e seus companheiros.

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Bem, voltando agora para os novos fragmentos descobertos, estes parecem conter descrições mais detalhadas e longas das ações de várias personagens em certas seções, particularmente em relação à batalha em Trebes. Na parte onde Merlin dá instruções para quem irá liderar cada uma das quatro divisões das forças de Artur, as personagens responsáveis por cada divisão são diferentes da versão presente na narrativa tradicional.

Às vezes, apenas alguns pequenos detalhes são mudados. Para exemplificar, o Rei Claudas é ferido através das coxas na versão tradicional, sendo que nos fragmentos a natureza da ferida não é esclarecida, o que pode levar a interpretações diferentes do texto, considerando que a ferida nas coxas frequentemente é usada como metáfora para impotência ou para castração.

"Existem muito mais diferenças, também, mas como os fragmentos estão danificados, tomará tempo decifrá-los apropriadamente, talvez requerendo o auxílio de tecnologia de infravermelho. Nós estamos todos muito ansiosos para descobrir mais sobre os fragmentos e quais novas informações eles podem guardar."


(1) Referência: University of Bristol

Descoberto manuscrito Medieval original sobre Merlin e o Rei Artur Descoberto manuscrito Medieval original sobre Merlin e o Rei Artur Reviewed by Saber Atualizado on janeiro 31, 2019 Rating: 5

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