Sonda da NASA faz pouso histórico em Marte

A sonda da NASA InSight - o primeiro observatório geofísico enviado para Marte - pousou ontem com segurança na superfície do Planeta Vermelho. Possuindo três pernas de pouso, a sonda enviou a confirmação de 'touchdown', sobre a região de Elysium Planitia, pouco antes de 11:53 a.m., no horário local do controle da missão no JPL (Laboratório de Propulsão a Jato da NASA), em Pasadena, Califórnia. Agora é esperar a confirmação sobre se os painéis solares da sonda abriram com sucesso (algo essencial para a alimentação energética de locomoção da sonda e das suas ferramentas científicas de análise).

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Todos os passos de aterrissagem seguiram como planejado, totalizando uma operação de 7 minutos, com a sonda empregando sues paraquedas, ativando o escudo de calor e acionando 12 jatos de auxílio na desaceleração para o pouso. Após pousar, a primeira foto tirada pela InSight de Marte mostrou uma paisagem plana, sem quase nenhuma rocha, mas parcialmente tampada por partículas de poeira do solo Marciano impregnando a cobertura de proteção sobre a lente da sonda.

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ATUALIZAÇÃO (27/11): A NASA confirmou que os painéis solares da InSight estão funcionando perfeitamente e inclusive iniciaram o processo de recarga das baterias (1). Os anéis solares gêmeos possuem cada um 2,2 metros de extensão, e conseguem gerar na superfície de Marte entre 600 e 700 watts; mesmo com partículas de poeira cobrindo os painéis, o fornecimento de energia ainda consegue ficar entre 200 e 300 watts, suficientes para manter os equipamentos científicos da InSight operantes. Lembrando que bem menos energia solar chega em Marte em comparação com a Terra por estar mais longe do Sol.

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O objetivo principal da sonda é medir os 'marterremotos' se propagando através do planeta, os quais devem revelar como Marte está divido em um núcleo, manto e crosta. Isso fornecerá pistas sobre a evolução diferenciada de Marte em comparação com a Terra ao longo dos últimos ~4,5 bilhões de anos. Para as análises geológicas, a sonda - que custou US$994 milhões - carrega 6 sensores sísmicos, construídos por um time internacional liderado pela agência espacial Francesa CNES. A sensibilidade e a eficiência desses sensores são muito altas, eliminando problemas de interferências que dificultaram as limitadas análises geológicas realizadas pelas sondas Viking, em 1976. Três desses sensores se destacam em termos de sensibilidade, estando condicionados em uma câmara de vácuo e provavelmente só serão ativados daqui a várias semanas.

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A segunda ferramenta mais importante da InSight é um instrumento de análise do fluxo de calor, construído pelo Centro Aeroespacial Alemão DLR, em Cologne, que visa a medição da temperatura do solo Marciano até 5 metros de profundidade. Ainda será necessário alguns meses até ser ativado. Mas ainda nesta semana a InSight irá usar seus sensores climáticos e magnetômetro para fazer leituras na sua região de pouso.

Desde a última missão fracassada da sonda Schiaparelli - pertencente à Agência Espacial Europeia -, em outubro de 2016, a InSight é a primeira sonda a aterrissar com sucesso na superfície de Marte.

Referência: Nature

(1) NASA