Astrônomos descobrem 12 novos satélites naturais ('Luas') orbitando Júpiter

Enquanto a Terra possui apenas a Lua como companheira, Júpiter agora - pelo menos até onde se sabe - possui 79 satélites naturais. Esta semana, um time de astrônomos liderados por Scott S. Sheppard da Carnegie Institution for Science descobriu 11 novos satélites naturais 'normais' e um satélite bem 'estranho' orbitando o gigante gasoso.

O time de astrônomos primeiro avistou os satélites naturais na primavera de 2017 enquanto estavam procurando por objetos muito distantes no Sistema Solar, na busca por um possível planeta além da órbita de Plutão (o famoso e suposto Planeta X). Para confirmar os objetos, o time passou mais 1 ano fazendo observações.

Nove dos novos satélites naturais são parte de um distante grupo exterior de satélites naturais que orbitam na direção oposta da rotação de spin de Júpiter (grupo prógrado). Esse sistema parece ter sido formando há muito tempo, quando, no mínimo, três corpos maiores orbitando Júpiter se fragmentaram durante colisões com asteroides, cometas ou outros satélites naturais. Esses corpos em específico demoram cerca de 2 anos para completar uma órbita em torno do gigante gasoso.

Já 2 dos novos corpos descobertos são parte de um grupo de satélites naturais localizados em uma órbita mais interior, e orbitando na mesma direção da rotação Jupiteriana (grupo retrógrado). Esses corpos possuem distâncias e ângulos de inclinação orbitais similares entre si, e, portanto, os astrônomos acreditam que sejam derivados de um único corpo que se fragmentou. Esses satélites naturais demoram menos do que 1 ano para completar uma órbita ao redor de Júpiter.

Já o último e estranho satélite natural é o menor de Júpiter (menos do que 1 km de diâmetro) e possui uma órbita bem anormal, levando cerca de 1 ano e meio para completá-la. Como seu movimento é na direção de rotação de Júpiter, isso significa que ele cruza órbita com os satélites vindo na direção oposta. Essa situação é bem instável, e pode levar futuramente a um violento choque com o potencial de transformar essa pequena 'Lua' em poeira e provavelmente fragmentando o outro corpo em colisão. Aliás, os astrônomos acreditam que esse pode ter sido um dos mecanismos de formação de algumas das Luas de Júpiter.