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Diabetes são cinco doenças diferentes, propõem pesquisadores



A diabetes é uma doença cada vez mais prevalente no mundo, já afetando 1 em cada 11 adultos. Gerando complicações graves se não tratada, essa doença aumenta os riscos de um ataque cardíaco, derrames, cegueira, falhas renais e amputação de membros.

A diabetes é atualmente classificada em duas principais formas: tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 é uma doença auto-imune, onde o próprio corpo ataca as células-beta do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Já a diabetes tipo 2 está intimamente ligada à obesidade e má alimentação (excesso de alimentos de alta glicemia, por exemplo), sendo caracterizada por uma resistência do corpo à insulina e sobrecarga pancreática. Porém, a diabetes tipo 2 em particular é altamente heterogênea e uma mais refinada classificação poderia fornecer uma poderosa ferramenta para um melhor tratamento individualizado dos pacientes e uma mais acurada identificação de indivíduos com risco aumentado para complicações associadas com a diabetes.

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Nesse sentido, um estudo publicado ontem no The Lancet, analisando 14775 pacientes - incluindo uma análise sanguínea detalhada de cada um deles - trouxe uma reclassificação da diabetes. Baseado em seis variáveis (anticorpos descarboxilase glutamato, idade no momento de diagnóstico da doença, Índice de Massa Corporal - IMC -, HbA1 e parâmetros homeostáticos para medir tanto a resistência à insulina quanto o funcionamento das células-beta), histórico dos pacientes relacionado às complicações tragas pela diabetes e prescrição de medicamentos, e associações genéticas, os pesquisadores dividiram a diabetes em 5 grupos:

GRUPO 1: Diabetes auto-imune severa, no geral caracterizada da mesma forma que a diabetes tipo 1. Ataca as pessoas quando elas estão muito novas, de aparência saudável e acaba progredindo no caminho de deixar o pâncreas incapaz de produzir insulina.

GRUPO 2: Diabetes severa insulina-deficiente, onde os pacientes parecem muito com aqueles do G1 no sentido em que são jovens, possuem uma massa corporal saudável, possuem bastante dificuldade em produzir insulina, mas seus sistemas imunes não se encontram falhos.

GRUPO 3: Diabetes severa insulina-resistente, onde os pacientes geralmente estão com sobrepeso e produzindo normalmente insulina, apesar do corpo não estar mais respondendo com mínima eficiência ao hormônio.

GRUPO 4: Diabetes moderada relacionada à obesidade, principalmente vista em pessoas que estão com um grande sobrepeso mas com a saúde metabólica mais próxima do normal do que aqueles do G3.

GRUPO 5: Diabetes moderada relacionada à idade, onde os pacientes desenvolvem os sintomas quando eles estão significativamente mais velhos do que as pessoas nos outros grupos e com os sintomas tendendo a ser os menos problemáticos.

Em particular, indivíduos no G3 (mais resistentes à insulina) possuem um risco significativamente maior de complicações renais do que os indivíduos englobados pelo G4 e pelo G5, mas, mesmo assim, atualmente são tratados de forma similar. Já no G2 (deficiência em insulina), os pacientes possuem o maior risco de retinopatia (danos ligados à retina). Além disso, associações genéticas diferem substancialmente entre os grupos que antes estavam englobados pela diabete tipo 2.

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Mas especialistas não associados ao novo estudo, apesar de receberem a nova classificação como um importante primeiro passo para o melhor entendimento e exploração da diabetes, dizem que ainda existe caminho para mais reclassificações. Como o estudo foi realizado somente em pessoas Escandinavas, diversos outros subgrupos importantes podem ter ficado de fora, os quais variam de região para região no globo. Centenas de subtipos da diabetes acabam sendo criados por fatores ambientais e genéticos associados, e os Sul Asiáticos, por exemplo, possuem naturalmente um maior risco de desenvolverem diabetes.

De qualquer forma, é um importante avanço e o novo trabalho científico vem principalmente para sinalizar ao mundo que é hora da comunidade médica mudar o modo como a diabetes hoje é lidada, especialmente em uma época em que o problema está em grande ascensão.


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Publicação do estudo: The Lancet

Referência adicional: BBC Health

Diabetes são cinco doenças diferentes, propõem pesquisadores Diabetes são cinco doenças diferentes, propõem pesquisadores Reviewed by Saber Atualizado on março 02, 2018 Rating: 5

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