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Cientistas descobrem que as células de gordura são móveis e ativamente migram para feridas com o objetivo de repará-las e prevenir infecções




Sabemos que as células adiposas (de gordura) cumprem a função de armazenamento energético no corpo, mas podendo também ter outras funções, indo de metabólicas até imunológicas. Porém, nunca se suspeitou que elas poderiam ser essenciais na cura de feridas do corpo ou mesmo serem capazes de se movimentarem ativamente. Agora, pesquisadores mostraram, em um estudo publicado esta semana na Developmental Cell, que as células adiposas parecem ser cruciais para a cicatrização e cura de feridas, e a partir de um processo ativo de movimentação. Pelo menos na pupa da mosca-da-fruta (Drosophila) as células de gordura mostraram-se importantíssimas nessa tarefa, algo que pode se refletir em outros animais, incluindo humanos.

Para o estudo, os pesquisadores marcaram as células adiposas de pupas desse inseto - a fase de desenvolvimento entre a larva e o adulto - com um material fluorescente e, então, cortaram um pequeno buraco na pupa com um laser. Dentro de uma hora, as células de gordura migraram em grande quantidade para a ferida, propelidas por uma proteína complexa chamada de actomiosina (responsável por contrações celulares), em um movimento peristáltico. Os pesquisadores também descobriram que células imunológicas conhecidas como hemócitos - os macrófagos da Drosophila - chegaram na ferida primeiro, sendo empurradas pelas posteriormente pelas células adiposas ao abrirem espaço em direção à ferida. No vídeo abaixo, publicado pela Science, é mostrado o processo - Fat cell (célula adiposa) e Epitehlial cells (células epiteliais).


       

Nessa última observação, os pesquisadores também mostraram que mesmo desativando os hemócitos, as células adiposas continuavam aparecendo na ferida, indicando que essas células imunológicas não estavam servindo como guias. Ainda é um mistério como as células adiposas sabem aonde ir. Porém, ambos os tipos de células trabalharam juntas para curar a ferida, com os hemócitos removendo restos celulares e as células adiposas firmemente tampando aberturas na borda do tecido danificado até que um novo crescesse no lugar e ainda liberando peptídeos antimicrobianos para prevenir infecções.

De acordo com a conclusão dos pesquisadores, as células adiposas provavelmente possuem um papel crucial na cura de feridas nos vertebrados também, incluindo em humanos. Mas é incerto se o processo é o mesmo visto nas moscas-da-fruta.

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Publicação do estudo:  Cell

Cientistas descobrem que as células de gordura são móveis e ativamente migram para feridas com o objetivo de repará-las e prevenir infecções Cientistas descobrem que as células de gordura são móveis e ativamente migram para feridas com o objetivo de repará-las e prevenir infecções Reviewed by Saber Atualizado on março 03, 2018 Rating: 5

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