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Observações da Centauro A levantam dúvidas sobre a ação da Matéria Escura no Universo



Em um estudo publicado recentemente na Science, astrônomos não encontraram uma explicação no atual modelo cosmológico para a movimentação observada das galáxias anãs na constelação de Centauro. Isso coloca em dúvida vários pontos de consistência teórica em relação à presença de Matéria Escura (1) no Universo, essa a qual estaria compondo a maior parte das galáxias ("volume" gravitacional).

Massivas galáxias como a nossa Via Láctea são orbitadas por galáxias anãs satélites. Simulações cosmológicas padrões de formação de galáxias preveem que a maioria dos sistemas de satélites  deveriam se mover de forma aleatória ao redor da galáxia principal e terem uma distribuição próxima da isotropia. Isso tudo considera a ação da Matéria Escura Fria Lambda. Contudo, esse modelo também admite, no máximo, uma certa quantidade bem limitada de coerência cinemática nos sistemas galáticos de satélites. No entanto, a nossa própria galáxia e a Andrômeda são dois exemplos bem conhecidos que saem completamente desse padrão, mas que são tidos apenas como um raro desvio estatístico em comparação com o resto do Universo. Outros cientistas também acreditam que isso pode ser explicado pela acreção preferencial de satélites ao a longo de filamentos.

Porém, agora, observando a cinemática das galáxias satélites ao redor da Centauro A, as análises estatísticas dos pesquisadores revelaram fortes evidências para uma co-rotação em um estreito plano: dos 16 satélites da Centauro A com dados cinemáticos, 14 seguem um padrão de velocidade coerentes alinhado com o longo eixo das suas distribuições espaciais.


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Para confirmar seus achados, os pesquisadores procuraram por fatores que poderiam explicar as observações sem ferir os modelos padrões. A expansão cósmica em correlação entre as velocidades dos satélites e suas distâncias com a Via Láctea poderia ser um fator, mas não mostrou-se plausível. Outra possibilidade de origem para os gradientes de velocidade poderia ser um efeito de perspectiva, relacionado com os ângulos de observação do plano cinemático, mas esse fator mostrou-se improvável. Por fim, a movimentação do Sol (e nosso sistema) em torno do centro da Via Láctea poderia estar contribuindo para uma errônea observação de movimentação dos sistema Centauro A. Mas essa última possibilidade também se mostrou incorreta.

Se usarmos a simulação cosmológica padrão, menos do que 0,5% de sistemas como a Centauro A deveriam existir no Universo (ou seja, com um único plano coerente de co-rotação). Mas só nas proximidades já podemos ter três que fogem desse padrão. Isso indica que o nosso atual modelo que usa a Matéria Escura como base não consegue explicar satisfatoriamente a cinemática no Universo visível.

(1) Para entender o que é a Matéria Escura, e o porquê ela é considerada necessária para explicar a estrutura do Universo, acesse o artigo: O que são as Matéria e Energia Escuras?

Publicação do estudo: Science

Observações da Centauro A levantam dúvidas sobre a ação da Matéria Escura no Universo Observações da Centauro A levantam dúvidas sobre a ação da Matéria Escura no Universo Reviewed by Saber Atualizado on fevereiro 04, 2018 Rating: 5

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