Pacientes cardíacos não casados encaram um maior risco de morte

De acordo com um novo estudo publicado no Journal of the American Heart Association, pacientes com problemas cardíacos não casados possuem um risco bem maior de morrer. Isso se soma ao fato de que indivíduos divorciados e solteiros, em geral, possuem um maior risco de morte, segundo estudos anteriores.

O novo estudo analisou 6051 pacientes (com uma média de idade de 63 anos, e com 23% deles negros) sob o procedimento de cateterização cardíaco para a doença da artéria coronária, durante 3,7 anos, e englobando 1085 mortes (incluindo 688 mortes cardiovasculares e 272 ataques cardíacos). Em comparação com pacientes casados, aqueles não casados estavam associados com:

- 24% maior risco de morte de qualquer causa;
- 45% maior risco de morte por doença cardiovascular;
- 52% maior risco de morte cardiovascular/ataque cardíaco.

E, especificamente, o risco de de morte cardiovascular/ataque cardíaco foi:

- 40% maior risco para aqueles que nunca foram casados;
- 41% maior risco para aqueles que estavam divorciados ou separados;
- 71% maior risco para os viúvos.

Esse foi o primeiro estudo a mostrar piores prognósticos específicos entre pacientes cardíacos divorciados, separados, viúvos ou que nunca se casaram. Os pesquisadores envolvidos nas análises ficaram bastante surpresos com os resultados e sugerem que o estado civil seja um fator importante a ser levado em conta pelos profissionais de saúde lidando com pacientes cardíacos.

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Mais estudos precisam ser feitos para se confirmar os achados e analisar outros grupos de pacientes. Válido também mencionar que o estudo não levou em conta a existência ou não de outras pessoas habitando a mesma residência do paciente cardíaco, um fator que pode ser importante nesse tipo de análise.

Os mecanismos biológicos por trás dessas observações ainda não são conhecidos.

Publicação do estudo: JAHA