Fósseis de antigos microrganismos indicam que a vida no Universo é abundante
Análises dos fósseis de microrganismos descobertos na Austrália e com idade em torno de 3,465 bilhões de anos - os mais antigos hoje conhecidos e confirmados - forneceram fortes evidência de que a vida no nosso vasto Universo é mais comum do que o imaginado.
Descritas em um novo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, as análises mostraram que duas das 5 espécies estudadas parecem ter realizado uma primitiva foram de fotossíntese, outra parece ter sido capaz de produzir gás metano, e duas outras parecem ter consumido metano e o usado como matéria-prima para construir suas paredes celulares. Em outras palavras, há quase 3,5 bilhões de anos já tínhamos um complexo sistema vivo. Somando-se a isso, trabalhos anteriores do mesmo grupo de pesquisadores responsáveis por este novo estudo mostraram também que existiam seres consumidores de enxofre há 3,4 bilhões de anos.
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Segundo os pesquisadores, essas evidências de que um grupo tão diverso de organismos já tinha evoluído tão cedo na história da Terra (nosso planeta possui cerca de 4,6 bilhões de anos (1)) - junto com o conhecimento dos cientistas da vastidão de galáxias e estrelas no Universo, e que tantas dessas estrelas possuem vários planetas as orbitando (2) - reforçam enormemente o caso de que existe vida em vários outros lugares do Universo, já que seria extremamente improvável que a vida tenha se formado e evoluído tão rápido na Terra e não ter surgido mais em nenhum outro lugar do Cosmo.
Os resultados também sugerem que a vida deve ter começado muito mais cedo, talvez há mais de 4 bilhões de anos, e mostram que não foi difícil para a vida primitiva se formar e evoluir em organismos vivos mais complexos (3). Isso também dá suporte a outro recente e controverso artigo que detalha fósseis que podem ter cerca de 4,28 bilhões de anos de idade (4).
O novo estudo é o mais detalhado já conduzido em microrganismos preservados de fósseis tão antigos, estes os quais foram primeiro descritos no periódico Science em 1993 e explorados biologicamente em uma publicação na Nature de 2002. E, agora, temos um aprofundado detalhamento do tipo de organismos, qual o metabolismo base e o quão biologicamente avançados ou primitivos ele eram.
O novo trabalho investigativo analisou os microrganismos fossilizados com modernas tecnologias chamadas de 'espectrometria de massa secundária' (SIMS), a qual revela a razão de carbono-12 e carbono-13 (isótopos do elemento carbono) - informação que os cientistas podem usar para determinar como esses seres viviam, especialmente em termos metabólicos (bactérias fotossintéticas, por exemplo, possuem diferentes assinaturas de carbono em relação aos produtores e consumidores de metano).
Os fósseis analisados foram formados em uma época quando existia muito pouco oxigênio na atmosfera e é provável que a complexa fotossíntese não tinha ainda evoluído. Oxigênio gasoso realmente surgiu na atmosfera terrestre há cerca de meio bilhão de anos depois, com sua concentração atmosférica subindo rápido há cerca de 2 bilhões de anos. A partir daí, o oxigênio molecular teria envenenado esses microrganismos e os matado .
Organismos com fotossíntese primitiva hoje são relativamente raros por causa de duas condições necessárias para a sobrevivência deles: iluminação mínima e falta de oxigênio. Geralmente onde existe luz, existe bastante oxigênio, principalmente por causa dos organismos fotossintetizantes modernos (captando luz e liberando oxigênio gasoso, como o fitoplâncton e as plantas).
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Publicação do estudo: PNAS
Referências adicional:
1. UCLA
2. Science
Fósseis de antigos microrganismos indicam que a vida no Universo é abundante
Reviewed by Saber Atualizado
on
dezembro 18, 2017
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