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Estudo de grande impacto encontra vários benefícios e quase nenhum prejuízo à saúde com o consumo de café



Mais um estudo de grande impacto e de alta qualidade analítica, publicado na BMJ (Brtish Medical Journal) desta semana, mostrou que o consumo regular de café está associado com mais benefícios à saúde do que prejuízos. Isso vem para se juntar ao crescente número de estudos mostrando que o café - até mesmo um pouco acima do moderado, cafeinado ou descafeinado - pode fazer parte de um estilo saudável de vida.

O estudo foi realizado na forma de uma revisão Umbrella, fazendo uma análise de evidências a partir de 201 meta-análises de estudos de observação e intervenção relativos ao consumo de café. Isso gera dados de alta confiabilidade. E, entre os 201 estudos analisados, 67 das meta-análises observacionais 17 meta-análises de intervenção tiveram resultados únicos.

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No geral, os pesquisadores encontraram que o consumo de café estava mais associado com benefícios à saúde do que qualquer risco. Esses benefícios - a partir do consumo de 3 a 4 xícaras de café (cada xícara cerca de 240 ml) - estavam ligados com um menor risco para morte por todas as causas, mortalidade cardiovascular e cânceres diversos. Nesse último caso, a maior associação estava com cânceres específicos, incluindo câncer de próstata, câncer endometrial, melanoma, câncer de pele não-melanoma e câncer de fígado. Foi observado também uma associação benéfica com condições metabólicas, incluindo diabetes tipo 2, síndrome metabólica, cálculo biliar, gota e pedras renais e para condições hepáticas, incluindo fibrose hepática, cirrose, mortalidade por cirrose, e doença crônica hepática.

Em relação ao fígado, os benefícios durante as análises permaneceram sempre consistentes e com a maior relevância entre todas as categorias. Além disso, é válido mencionar que foi encontrado uma associação benéfica entre o consumo de café com a doença de Parkinson, depressão e doença de Alzheimer.

Em relação ao café descafeinado - o qual contém pouca ou nenhuma cafeína - os benefícios encontrados foram similares ao café tradicional em relação à mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares, câncer endometrial e diabetes tipo 2. Em pequena magnitude foi encontrada uma associação entre o consumo desse tipo de café e o câncer de pulmão.

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No geral, não foi encontrado pelo estudo evidências consistentes de associações negativas entre o consumo de café e a saúde, com exceção da relação entre a bebida cafeinada e mulheres grávidas e um maior risco de fraturas em mulheres no geral. Provavelmente o motivo para o primeiro caso é que na gravidez a meia vida da cafeína dobra e, portanto, doses iguais de café para uma pessoa não-grávida fornecerão uma exposição muito maior de cafeína ao feto, já que essa substância pode atravessar a placenta. Entre os prejuízos significativos estão baixo peso no nascimento, parto prematuro e perda de gravidez. Portanto, o consumo de café cafeinado precisa ser limitado ao máximo nesse período.

Em relação às fraturas, houve uma incerta associação com o consumo de café cafeinado apenas com as mulheres, com um aumento de risco de 14% para o alto consumo e de 0,6% para cada 240 ml consumidos por dia. Já para os homens, o oposto foi encontrado, com uma redução no risco de fraturas. Os pesquisadores acreditam que a cafeína possa estar influenciando a absorção de cálcio nas mulheres e, consequentemente, afetando a densidade óssea, talvez a partir de um mecanismo hormonal (interação entre a cafeína e os estrógenos). Mas os pesquisadores também ressaltam que uma meta-análise recente não encontrou prejuízos do tipo se o consumo de cafeína era mantido até 400 miligramas por dia.
 
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Como conclusão, o consumo moderado - de 3 a 4 xícaras/cup por dia - parece ser notavelmente seguro, e pode ser incorporado como parte de uma dieta saudável pela maioria da população adulta. Apesar do estudo ter encontrado uma forte associação entre o consumo de café e benefícios à saúde, uma ligação causal não pode ser estabelecida, ou seja, não se sabe se o café é a causa direta desses benefícios. De qualquer forma, é algo provável, e possivelmente fruto dos inúmeros compostos ativos em sua formulação, especialmente antioxidantes (1).

É ainda incerto, no momento, se vale a pena recomendar que as pessoas que não consomem café passem a consumir a bebida. Além disso, mulheres com um alto risco de fratura, grávidas e aqueles com problemas diversos sensíveis à cafeína - como a insônia -, devem limitar bastante o consumo da versão integral da bebida, ou seja, cafeinada, mas podendo obter grandes benefícios da versão descafeinada. E, importante, claro: o café deve sempre ser consumido sem abusos de acompanhantes calóricos ou prejudiciais à saúde, como o açúcar, ou os potenciais benefícios podem ser perdidos e até revertidos. Isso é válido especialmente aqui no Brasil, onde as pessoas costumam abusar do açúcar comum (sacarose) na bebida do café. Prefira adoçantes ou, o ideal, consuma puro.

(1) Para mais informações e outros estudos nessa área, acesse: Pesquisas nos últimos anos reforçam que o consumo de café faz bem à saúde

Publicação do estudo: BMJ

Estudo de grande impacto encontra vários benefícios e quase nenhum prejuízo à saúde com o consumo de café Estudo de grande impacto encontra vários benefícios e quase nenhum prejuízo à saúde com o consumo de café Reviewed by Saber Atualizado on novembro 23, 2017 Rating: 5

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