Consumo de café associado com redução no risco de derrame, insuficiência cardíaca e doenças hepáticas
Dois estudos publicados esta semana vieram para se somar ao crescente acúmulo de fortes evidências mostrando que o consumo de café está ligado a um menor risco de morte por causas diversas (1).
No primeiro estudo a), apresentado na American Heart Association´s Scientific Sessions 2017 - uma reunião global de troca de avanços científicos entre especialistas na área cardiovascular - pesquisadores analisaram os dados de um estudo anterior de longo prazo (Farmingham Heart Study) que incluía informações sobre o que as pessoas comiam e a saúde cardiovascular delas.
O resultado encontrado foi que o consumo de café estava associado com uma diminuição no risco de desenvolver insuficiência cardíaca em torno de 7% e derrame em torno de 8% para cada 250 ml adicionais de café consumidos por semana em comparação com as pessoas que não bebiam café.
O estudo faz parte de uma pesquisa preliminar e é importante deixar claro que foi demonstrado apenas uma associação observacional e não uma causa-e-efeito comprovada. E, obviamente, o consumo de café com cafeína passa a ser potencialmente prejudicial se passa do limite diário máximo recomendado de 400 mg dessa substância.
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Já o segundo estudo b) é, na verdade, um reporte científico de revisão do Institute for Scientific Information on Coffee (ISIC), o qual enfatiza o potencial papel do consumo de café na redução do risco de doenças hepáticas, como câncer de fígado e cirrose. Como resultado da revisão, foram encontrados que:
- Meta-análises nos últimos anos sugerem que o consumo de café comparado com o não consumo de café está associado com mais de 40% de redução no risco de câncer de fígado, apesar disso parecer ser uma relação de dose-dependência;
- Pesquisas nos EUA e na Itália sugerem que o consumo de café está consistentemente associado com uma redução no risco de cirrose, a qual potencialmente pode alcançar de 25% a 70%;
- Pesquisas sugerem uma associação inversa entre o consumo de café e o risco de doença hepática crônica, com uma redução de risco de 25-30% em indivíduos consumindo baixa quantidade de café e até 65% naqueles com um relativo alto consumo.
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Válido reforçar, esses resultados em conjunto não dão uma prova definitiva dos grandes benefícios tragos de forma direta pelo consumo do café, mas sugerem fortemente isso. No final, também fica que o consumo de café parece ser mais do que seguro, mesmo em doses um pouco acima do moderado.
(1) Artigo sugerido: Pesquisas nos últimos anos reforçam que o consumo de café faz bem à saúde
Referências:
a) https://newsroom.heart.org/news/drinking-coffee-may-be-associated-with-reduced-risk-of-heart-failure-and-stroke?preview=b353
b) http://www.coffeeandhealth.org/2017/11/research-suggests-coffee-consumption-associated-reduced-risk-liver-diseases-studies-reporting-risk-reduction-70/
Consumo de café associado com redução no risco de derrame, insuficiência cardíaca e doenças hepáticas
Reviewed by Saber Atualizado
on
novembro 16, 2017
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