Redução gravíssima em mais de 75% da biomassa de insetos voadores na Europa

Um estudo publicado recentemente na PLOS ONE mostrou que em 63 áreas naturais protegidas na Alemanha houve um declínio sazonal de 76% e um declínio de meio de verão de 82% na biomassa de insetos voadores nos últimos 27 anos, independentemente do tipo de habitat.

Esses resultados mais do que preocupam, já que os insetos são parte fundamental do ecossistema, exercendo importante papel em uma variedade de processos, incluindo a polinização, ciclagem de nutrientes e fonte de energia para níveis tróficos mais altos, como pássaros, anfíbios e mamíferos. Cerca de 80% das plantas selvagens são estimadas de depender dos insetos para a polinização e cerca de 60% dos pássaros dependem deles como fonte principal de alimento. Não é preciso dizer a importância econômica desses invertebrados para os humanos.

Diversos estudos anteriores já apontavam para um padrão de declínio na diversidade e abundância dos insetos na Europa, especialmente as abelhas (1) e as borboletas. Agora os pesquisadores, ao analisarem dados entre 1989 e 2016 em dezenas de localizações na Alemanha representando toda a Europa Ocidental, reforçaram o padrão e mostraram que a situação era pior do que a imaginada, pelo menos no caso dos insetos voadores.

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O mais estranho é que esse drástico declínio não possui uma causa aparente. Mudanças climáticas específicas, tipo de habitat, uso de terras, nada disso, à primeira vista, está associado às perdas de biomassa dos insetos voadores nas regiões analisadas, sugerindo que fatores globais de larga-escala são os culpados.

Pesquisas agora irão focar em achar as causas desse desastre ambiental.

Publicação do estudo:  PLOS

(1) Artigo Recomendado: O desaparecimento das abelhas