Estrelas em hipervelocidade na Via Láctea podem ter origem fora da nossa galáxia!

Um pequeno grupo de estrelas observadas na Via Láctea se movem a velocidades altíssimas, sendo que, eventualmente, acabarão escapando dela. A hipótese mais aceita até pouco tempo atrás era de que essas estranhas velocistas se originavam de sistemas estelares binários "rasgados" violentamente pelo supermassivo buraco negro no centro da nossa galáxia, onde uma era sugada para esse poderoso corpo e a outra acabava arremessada bruscamente - e com alta velocidade - durante esse processo.

Mas agora os cientistas encontraram evidências de uma hipótese mais plausível para essas velozes estrelas. Utilizando dados de posição e velocidade dessas estrelas obtidos do Sloan Digital Sky Survey e simulações computacionais de uma galáxia satélite que "orbita" a nossa, Large Magellanic Cloud (LMC, na imagem acima), os pesquisadores chegaram à conclusão que elas podem não ter origem na Via Láctea e, sim, da LMC!

Basicamente, a LMC estaria arremessando essas estrelas dentro da nossa galáxia. Eventos onde metade de um sistema binário explode em uma supernova, lançando para longe sua outra estrela, ocorrem no LMC. Essas estrelas abandonadas acabariam escapando dessa galáxia satélite e como essa última está nos circundando a altas velocidades (cerca de 400 km/s), essas estrelas expulsas sairiam a cerca de 500 km/s, ou seja, na velocidade das nossas super rápidas estrelas.

E essa explicação proposta ajuda também a entender o fato de que a maioria das 20 estrelas em hipervelocidade se encontram todas na mesma área, nas constelações de Leo e Sextans.

De qualquer forma, nada ainda é conclusivo, e mais dados precisam ser obtidos e analisados para confirmar a nova hipótese.

Referência: Science