Corroborando a teoria de Einstein com sensores ainda mais precisos!
A Teoria da Relatividade Geral de Einstein prevê que um corpo em rotação, como a Terra, arrasta parcialmente quadros inerciais ao longo da sua trajetória rotacional. Nesse sentido, um objeto de massa rotacionando distorce a métrica do espaço-tempo de forma a fazer a órbita de uma partícula próxima preceder. Isso não acontece na Mecânica Clássica de Newton, na qual o campo gravitacional de um corpo depende apenas da sua massa, não da sua rotação.
Como esse efeito é muito pequeno, medidas muito sensíveis precisam existir para detectá-lo e confirmá-lo com precisão. Até pouco tempo atrás, apenas medidas com um erro de 5% foram alcançadas. Mas, agora, um grupo de cientistas na Itália conseguiu medir esse arraste (chamado de ´frame dragging´) com um erro de apenas 1% a partir da ajuda de anéis de lasers dentro de sistemas de giroscópios, estes os quais foram usados para medir o desvio relativístico.
Referenciais na Terra medirão a rotação da Terra como esperado, ou seja, em 24 horas. Mas referenciais fixos fora da Terra (como grupo de estrelas) irão medir um tempo diferente para a rotação total, devido ao efeito do arraste previsto pela Relatividade Geral.
O arranjo de lasers feito pelos pesquisadores, chamado de GINGER, gerou dados que foram comparados com o Sistema de Serviços de Referência e Rotação Terrestre (IERS, na sigla em inglês), permitindo que os cientistas conseguissem medir o efeito de arraste previsto matematicamente com um erro de 1%.
Agora as pesquisas tentam medi-lo com um erro menor ainda, onde no futuro tais sensores super sensíveis permitirão a medição de outros efeitos físicos com ainda mais precisão.
Publicação do trabalho: Springer
Corroborando a teoria de Einstein com sensores ainda mais precisos!
Reviewed by Saber Atualizado
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maio 22, 2017
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