Infectados assintomáticos podem ser responsáveis por mais de 50% das transmissões
Em um estudo publicado no periódico JAMA Network Open (1), pesquisadores criaram modelo teórico a partir de um robusto estudo de meta-análise relacionado infectividade, sintomas e transmissibilidade associados ao novo coronavírus (SARS-CoV-2). Segundo o modelo, 30% dos indivíduos com infecção nunca desenvolvem sintomas (reais assintomáticos) e são 75% tão infecciosos quanto aqueles que desenvolvem sintomas. Nesse sentido, foi estimado que aproximadamente 24% de todas as transmissões são causadas por indivíduos por reais assintomáticos. Somando com um total de 35% das transmissões estimadas de serem causadas por pacientes pré-sintomáticos (assintomáticos, mas que irão ainda desenvolver sintomas), os pesquisadores concluíram que 59% das transmissões são oriundas de pessoas assintomáticas. Considerando contribuições variantes de vários fatores alimentando o modelo, os pesquisadores estimaram que pelo menos 50% das infecções são originadas da exposição de indivíduos a pessoas infectadas sem sintomas.
O estudo reforça a importância do distanciamento social e do uso universal das máscaras, já que pessoas aparentemente saudáveis podem ser os principais disseminadores do vírus.
Um estudo de revisão sistemática mais recente, publicado no periódico Annals of Internal Medicine (2), encontrou um valor estimado em torno de 33% em relação ao total de infectados assintomáticos, corroborando a estimativa do estudo anterior.
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