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A grande trincheira que barrou os Cruzados ao Sul de Jerusalém era real


Durante escavações realizadas este ano por arqueólogos da Universidade da Carolina do Norte, EUA, no Monte Zion, em Jerusalém, foi confirmado detalhes antes não verificados de registros históricos de quase mil anos atrás da Primeira Cruzada - história que nunca tinha sido confirmada em relação ao contado em crônicas sobre o cerco de cinco semanas, conquista, saques e massacre da cidade Fatímida controlada pelos Muçulmanos em julho de 1099.

O time de arqueólogos finalmente revelou o historicamente tão mencionado, mas nunca fisicamente detectado, canal de trincheira que os defensores Fatímidas cavaram junto à parede sul da cidade de Jerusalém - uma estratégia de defesa que os registros históricos e crônicas sempre clamaram ter ajudado a conter os atacantes Cruzados durante o cerco à cidade.

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Via evidência estratigráfica, os arqueólogos foram capazes de confirmar que os vestígios da trincheira de 17 metros de largura e 4 metros de profundidade, em frente à parede da cidade Fatímida (construída no mesmo local da atual parede próxima do Portão de Zion), de fato datavam do século XI. Além disso, os pesquisadores encontraram artefatos do próprio ataque Cruzado, incluindo pontas de flechas, pingentes de bronze na forma de cruz, e uma notável peça de joia de ouro Muçulmana, provavelmente tomada durante saques das áreas conquistadas. Esses artefatos estavam no chão de uma estrutura Fatímida danificada por um terremoto em 1033, a qual provavelmente já era uma ruína na época do ataque Cruzado.




Apesar de reportes históricos citando que os Cruzados atacantes tentaram preencher a trincheira para permitir a passagem e o ataque aos muros da cidade, a ofensiva sul acabou não tendo sucesso. As defesas de Jerusalém foram efetivamente quebradas por uma operação simultânea no norte.

Os achados deixam mais claro o cenário de batalha. Os Cruzados vinham com o sangue fervendo, pilhados, para o ataque sincronizado ao sul. No meio do agressivo avanço, eles se depararam com a enorme trincheira escavada, e foram obrigados a recuarem para a estrutura em ruínas em frente ao canal de trincheira. Ali, passaram a se proteger como podiam da chuva de flechas sobre eles lançada pelos defensores Muçulmanos na cidade, enquanto tentavam bolar uma estratégia para vencer a enorme trincheira.

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CRÔNICAS

Até o momento, sabia-se que o ataque Cruzado à Jerusalém na Primeira Cruzada foi sangrenta e ocorreu nos dois lados da cidade. Enquanto as forças principais conseguiram quebrar as defesas e invadir a cidade pelo norte, pouco se sabia sobre o ataque no sul.

Segundo as crônicas, as forças Provenciais liderados por Raymond de Saint Gille no lado sul, foram posicionadas em algum lugar sobre o Monte Zion e procederam ao ataque aos muros da cidade. No entanto, havia um canal em frente à parede, o que impediu o avanço da torre de cerco contra os muros. Então, Raymond teria pedido aos seus homens para cobrir o canal à noite sob a promessa de pagamento com dinares de ouro. Com um preenchimento mínimo do canal, a torre de cerco conseguiu prosseguir, mas isso não foi suficiente, devido ao agressivo contra-ataque dos defensores facilitado pela limitação imposta pelo canal.

Após a conquista de Jerusalém, o canal de trincheira foi mais tarde preenchido e selado com uma camada queimada que tinha moedas incrustadas do tempo do Rei Baldwin III, um dos primeiros Reis Cruzados que lutou uma guerra civil contra sua mãe em 1153. Durante esse conflito, Baldwin III acabou queimando grande parte de Jerusalém, quase meio século após sua conquista inicial. As moedas foram também encontradas pelos arqueólogos responsáveis pela descoberta do canal, o que reforça esse último achado.




Além das moedas de Baldwin III, os pesquisadores encontraram um estandarte de batalha feito de metal, assim como peças de cerâmica Chinesa, o que indica uma ativa rede comercial com partes mais afastadas do Oriente durante o período Fatímida

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RIOS DE SANGUE

Detalhes da Primeira Cruzada são particularmente importantes porque o conflito marca um momento crítico na história de Jerusalém. A tomada de controle da cidade pelos Cruzados foi um dos vários momentos catastróficos na história dramática e violenta da região, quando Jerusalém foi essencialmente varrida e recolonizada pelos conquistadores Europeus.

Por três dias, ou talvez mesmo uma semana, os Cruzados protagonizaram todo tipo de atrocidade, fomentados pela missão Papal e Santa, incluindo estupros, assassinatos e pilhagem. As crônicas falam sobre 'rios de sangue' correndo pelas ruas da cidade, e isso não parece ser um exagero. Crimes terríveis foram cometidos, e muitas pessoas morreram, Cristãos e não-Cristãos. Cristãos locais foram considerados hereges assim como os Muçulmanos e Judeus. Os Cruzados transformaram Jerusalém em uma verdadeira cidade fantasma.

IMPORTANTE: É comumente ensinado que o objetivo primário dos Cruzados era de conquista territorial e poder. Isso é uma falácia e um anacronismo. Não se explica as Cruzadas sem colocar a fé em primeiro lugar. Para entender melhor o que representaram as Cruzadas, acesse o artigo: Crânios de Cruzados revelam uma história de amor e violência durante a Guerra Santa


Referência: UNC Charlotte

A grande trincheira que barrou os Cruzados ao Sul de Jerusalém era real A grande trincheira que barrou os Cruzados ao Sul de Jerusalém era real Reviewed by Saber Atualizado on novembro 17, 2019 Rating: 5

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