Observatório da NASA pode ter flagrado pela primeira vez uma estrela devorando planetas

Usando o Observatório Chandra X-Ray da NASA, pesquisadores podem ter observado pela primeira vez uma estrela engolindo planetas. Antes do Chandra, apenas simulações computacionais conseguiam mostrar tal processo. O achado foi publicado esta semana no The Astronomical Journal.

A estrela devoradora em questão é conhecida como RW Aur A. Ela faz parte de um sistema binário (RW Aur) localizado entre um grupo de jovens estrelas na constelação de Taurus-Auriga, a cerca de 450 anos-luz da Terra, e há um bom tempo vem chamando a atenção dos astrônomos. A cada poucas décadas, essa estrela tem sua luminosidade diminuída para depois voltar a brilhar normalmente. E, em anos recentes, os astrônomos têm observado que a RW Aur A está diminuindo periodicamente de luminosidade mais frequentemente (2011, 2014-16 e 2017-18), e por períodos mais longos, aumentando ainda mais o mistério em torno essa estrela.

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Nesse sentido, Físicos do MIT e de outros centros de pesquisa, usando o Observatório Chandra X-ray da NASA, encontraram fortes evidências de que a mais recente diminuição de brilho da RW Aur A pode ter sido causada pelos detritos de dois planetas "recém-nascidos" que colidiram próximo a ela em 2017. Essa colisão teria formado uma densa nuvem de gases e poeira e, à medida que a estrela foi puxando esses detritos para seu massivo corpo, sua luz acabou sendo parcialmente bloqueada pela "comida planetária".

Uma das evidências é a evolução anormal na concentração de Ferro (Fe) detectada no espectro de raios-X, muito além do que esperado para um corpo solar. Ou seja, grãos da poeira da colisão estariam enriquecendo a corona estelar com ferro, gerando a assinatura anômala no detector de raios-X.

Se a especulação estiver correta, o grosso véu formado de gases e poeiras oriundos de eventos de colisão semelhantes podem também explicar as outras misteriosas diminuições de brilho nas últimas décadas. Bem, e é um banho de água fria também para aqueles esperançosos com a ínfima possibilidade de que o evento podia ter relação com megaestruturas alienígenas (1).

(1) Para saber mais sobre o assunto, acesse: O que são as Megaestruturas Alienígenas?

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Publicação do estudo: Astronomical Journal