Misterioso sarcófago negro é aberto em Alexandria

Há duas semanas, arqueólogos no Egito encontraram um massivo sarcófago de granito na região de Alexandria, enterrado em uma área de construções. A tumba estava intocada por quase 2 mil anos, e diversas especulações começaram a ser feitas, incluindo a possibilidade dela estar guardando a múmia do imponente e invicto líder Grego Alexandre o Grande (356-323 a.C.), ou mesmo uma terrível maldição (sim, muitos estavam com medo dos arqueólogos abrirem o sarcófago).

Mas para a decepção de alguns e alívio de outros, o sarcófago, quando aberto, revelou algo totalmente inesperado: três esqueletos imersos em um líquido extremamente fedido. Os especialistas coordenando a operação de abertura primeiro levantaram apenas 5 cm do sarcófago quando, na mesma hora, um forte cheiro forçou todos a abandonarem o local. Mais tarde, com equipamentos dos engenheiros militares do Egito, eles voltaram para reabrir completamente a tumba.

Segundo os especialistas, os três esqueletos eram múmias que, infelizmente, não foram bem preservadas e que provavelmente representam um enterro familiar de oficiais do exército Egípcio. Apesar de nenhuma 'maldição do Faraó' ter sido liberada, a área em volta do sarcófago foi esvaziada pelo receio da tumba liberar gases altamente tóxicos. A água contida no seu interior pode ter sido oriunda de algum antigo vazamento de esgoto, levando também à decomposição das múmias.

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A hipótese de que os esqueletos encontrados sejam de soldados que serviram a Faraós é reforçada até o momento por rachaduras no crânio de um deles que indicam danos causados por uma flecha. Um busto de alabastro também foi encontrado próximo da tumba, mas bastante degradado para ser identificado.

Acredita-se que o sarcófago data do período Ptolemaico, o qual se inicia em 323 a.C. com a ascensão de Ptolomeu I Sóter, logo após a morte de Alexandre o Grande,e termina com a morte de Cleópatra VII e a conquista Romana em 30 a.C. Os arqueólogos, agora, irão estudar a tumba em grandes detalhes para datá-la com precisão e descobrir quem eram os seus ocupantes, incluindo como viveram e como morreram. Os estudos, em grande parte, serão feitos no Museu Nacional de Alexandria, para onde os esqueletos serão levados.

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Referência: BBC