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Mais dois estudos reportam efeitos colaterais danosos gerados pelos cigarros eletrônicos



Com a moda cada vez crescente dos cigarros eletrônicos (e-cigarros), as agências e profissionais de saúde estão preocupados com os efeitos de longo prazo que o uso desses produtos pode trazer para o organismo das pessoas. Enquanto temos estudos ao longo de décadas sobre os malefícios do fumo do cigarro, o mesmo não existe para os cigarros eletrônicos, este os quais são bem recentes (pós-2000). Sem a base de estudos de qualidade a longo prazo, a toxicidade dos e-cigarros ainda é incerta. No entanto, diversos estudos publicados nos últimos anos vêm se acumulando e reportando potenciais e sérios danos à saúde associados aos e-cigarros a curto prazo (1). Mesmo assim, esses produtos continuam sendo amplamente comercializados como 100% seguros e como uma excelente alternativa ao cigarro.
Nesse sentido, mais dois estudos recentemente publicados trazem mais preocupações. Em um deles (Ref.1), pesquisadores da Boston University School of Medicine (BUSM) procuraram por efeitos de curto prazo das substâncias usadas como flavorizantes nos e-cigarros sobre as células endoteliais, a quais revestem os vasos sanguíneos. Eles perceberam que quando os vasos sanguíneos eram expostos aos aditivos flavorizantes, biomoléculas normalmente liberadas para a promoção do fluxo de sangue diminuíam e aumentavam processos inflamatórios, indicadores de toxicidade de curto prazo. Os pesquisadores também encontraram que as células endoteliais dos fumantes de cigarros mostravam a mesma toxicidade que aquelas tratadas com as substâncias flavorizantes.

Já no outro estudo (Ref.2), pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte encontraram que um dos flavorizantes mais utilizados nos e-cigarros - cinamaldeído - assim como os aldeídos tóxicos presentes na fumaça dos cigarros tradicionais, significativamente danifica a fisiologia das células pulmonares de modo a aumentar os riscos de desenvolvimento e exacerbação de doenças respiratórias. Nesse caso, o cinamaldeído danificaria diretamente a motilidade ciliar normal nas vias aéreas, desregulando um sistema de defesa crítico contra o ataque de bactérias nos pulmões. A conclusão foi alcançada após testes in vitro envolvendo a exposição de células bronquiais epiteliais humanas ao líquido e aos aerossóis de e-cigarros contendo cinamaldeído.

Apesar de ambos os estudos serem limitados, com o último mencionado não sendo baseado em experimentos in vivo, eles somam mais evidências de que as substâncias liberadas pelos e-cigarros podem trazer sérios prejuízos paras as funções pulmonares e cardiovasculares.

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Referências:
1. http://atvb.ahajournals.org/content/early/2018/06/13/ATVBAHA.118.311156
2. https://www.thoracic.org/about/newsroom/press-releases/resources/ecigarette-health-harms.pdf

Mais dois estudos reportam efeitos colaterais danosos gerados pelos cigarros eletrônicos Mais dois estudos reportam efeitos colaterais danosos gerados pelos cigarros eletrônicos Reviewed by Saber Atualizado on junho 15, 2018 Rating: 5

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