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Terapia genética alcança mais uma vitória: conseguiu parar episódios de sangramentos em hemofílicos


A Hemofilia é um raro distúrbio genético onde o sangue não consegue coagular normalmente (o corpo não consegue produzir certos fatores proteicos importantes na coagulação)  e é classificada em dois tipos: A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII. Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX. Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade dos sangramentos depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue).

Quando o sangue não coagula corretamente, o sangramento excessivo (externo e interno) ocorre após qualquer lesão ou dano. Os sintomas incluem muitos hematomas grandes ou profundos, dor nas articulações e inchaço, sangramento inexplicável e sangue na urina ou nas fezes. O tratamento padrão inclui injeções de um fator de coagulação ou plasma.

Agora, pesquisadores mostraram, pela primeira vez, que a terapia genética também pode ser usada com sucesso para tratar essa doença. Dez homens receberam uma única infusão intravenosa de um vírus carregando o gene responsável pela produção do fator IX - ou seja, o vírus entregou para as células do paciente o gene faltante. Até 18 meses depois (período de análise para o estudo), o fígado dos homens estavam produzindo, em média, 34% do nível normal de fator IX. Isso foi suficiente para que nove dos dez pacientes não tivessem mais episódios de sangramento. Além disso, oito dos dez pacientes não mais precisaram de injeções de fator IX anteriormente dadas a cada poucos dias de intervalo.




Os excelentes resultados foram recentemente publicados no The New England Journal of Medicine. Testes anteriores de terapia genética para a hemofilia B não funcionaram bem, seja porque o sistema imune dos pacientes destruíam as células geneticamente modificadas ou as células modificadas não produziam quantidade suficiente de fator IX. No novo tratamento, financiado pela Spark Therapeutis e pela Pfizer, pesquisadores deram às células hepáticas dos pacientes um gene que produz uma potente versão da proteína fator IX. Isso permitiu que o time de pesquisa pudesse diminuir a dose do vetor (vírus), minimizando a resposta imune.

Dois dos pacientes tiveram elevada produção de enzimas hepáticas, de forma assintomática, em reação ao vetor, mas isso foi resolvido com a injeção de esteroides (prednisona). Um dos pacientes que tinha avançada artropatia precisou da administração de fator IX para sangramentos, mas, em geral, usou 91% menor fator do que antes da infusão do vetor.

Apenas cerca de 20% dos pacientes hemofílicos possuem a forma B da doença, mas esforços estão a caminho para usar essa terapia genética para tratar o tipo mais comum, a hemofilia A.

(1) Para entender mais sobre a Terapia Genética e acompanhar as atualizações na área, acesse o artigo: A promissora terapia genética

Publicação do estudo: NEJM

Referência adicional: Fiocruz
Terapia genética alcança mais uma vitória: conseguiu parar episódios de sangramentos em hemofílicos Terapia genética alcança mais uma vitória: conseguiu parar episódios de sangramentos em hemofílicos Reviewed by Saber Atualizado on janeiro 01, 2018 Rating: 5

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