Novo estudo enfraquece fortemente a possibilidade de existência do Ieti
O Ieti - ou Yeti ou Abominável Homem-das-Neves - supostamente seria uma criatura similar a um primata e maior do que um humano que estaria habitando as regiões montanhosas da Ásia. Fazendo profunda parte do folclore do Nepal e do Tibete, por séculos diversos avistamentos já foram reportados e sinais como ossos, pelos e pegadas são usados por muitos para comprovar a real existência dessas criaturas, fomentando histórias que são passadas de geração para geração.
Estudos científicos averiguando a veracidade desses reportes em geral consideram a existência do Ieti como uma simples lenda, dada a falta de conclusivas evidências de suporte.
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Agora, pesquisadores estudando a evolução dos ursos na Ásia - em um time liderado pela bióloga evolucionária Charlotte Lindquvist, da State University of New York, em Buffalo -, resolveram investigar essas alegadas 'provas' de existência do Ieti, através das mais sofisticadas técnicas de análise genética e o maior esforço científico já realizado em estudos do tipo.
As rigorosas análises de nove amostras suspeitas de pertencerem à mítica criatura - entre pelos, pele, ossos, dentes e amostras fecais -, coletadas nos Himalaias e no Plateau Tibetano, mostraram que oito delas eram de Ursos-Pretos-Asiáticos (Ursus thibetanus laniger), Ursos-Pardos-do-Himalaia (Ursus arctos isabellinus) ou Ursos-Pardos-Tibetanos (Ursus arctos pruinosus), e que uma última pertencia a um cão. Basicamente, o estudo sugere que todas os supostos sinais de Ieti possuem origem quase sempre de ursos, os quais são comuns na região (apesar de muitas espécies estarem ameaçadas de conservação).
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Os resultados do novo estudo vêm para reforçarem outros achados científicos de mesma natureza, especialmente dois estudos de 2014, no qual pelos encontrados nos Himalaias, e reportados como sendo de um Ieti, eram, na verdade, ou de um urso-polar (Ursus maritimus) do Paleolítico ou de um Urso-Pardo-do-Himalaia - nesse último caso, seria dessa subespécie caso as amostras de pelo estivessem com o seu DNA degradado por má conservação (Ref.2-3).
Publicação do estudo: Royal Society
Referências adicionais:
1. http://www.buffalo.edu/news/releases/2017/11/037.html
2. http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/282/1800/20141712
3. http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/281/1789/20140161
Novo estudo enfraquece fortemente a possibilidade de existência do Ieti
Reviewed by Saber Atualizado
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novembro 28, 2017
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