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Análise de pegadas fósseis de hominis na ilha de Creta pode reescrever a trajetória da evolução humana



A descoberta de pegadas humanas fossilizadas na ilha grega de Creta, com idade de aproximadamente 5,7 milhões de anos atrás, pode colocar a nossa origem evolucionária ainda mais antiga, já que nessa época os pesquisadores consideravam que existiam apenas nossos ancestrais com pés de primatas não humanos na África, e põe em xeque a ideia que nossos ancestrais, em geral, ficaram isolados na África por um bom tempo.

Desde a descoberta de fósseis de Australopithecus no sul e leste africano, em meados do século XX, pensava-se que os primeiros hominis (os membros mais antigos da linhagem humana) tinham se originado na África e ficado isolados por milhões de anos no continente antes de espécies do gênero Homo partirem para outros continentes, incluindo a Europa. O mais antigo homini que se tinha registro fóssil até o momento era o Ardipithecus ramidus, da Etiópia, o qual ainda possuía pés com anatomia não humana (bem parecidos ainda com uma mão humana, como observamos nos chimpanzés). E essa última espécie era dada como o nosso ancestral direto, descartando a possibilidade de já existir um ancestral com pés humanos.

Os novos fósseis de pegadas encontrados não deixam dúvidas de que tenham um formato humano, e são 1,8 milhões de anos mais antigos do que os nossos supostos mais antigos ancestrais na África. Nesse período - no final do Mioceno -, a ilha de Creta ainda era ligada ao território hoje conhecido como Grécia, e, portanto, sugere que há muito mais tempo do que se achava os nossos ancestrais homininis já tinham saído do continente africano em direção ao continente europeu.

Pegadas fossilizadas encontradas
 E esse novo achado vem para se juntar aos fósseis de um primata também encontrado na Grécia - e também na Bulgária - de 7,2 milhões de anos de idade que pesquisadores reinterpretaram como hominis, o Graecopithecus. Além disso, o deserto do Saara não existia nessa época, sendo que uma vegetação de savana dominava a área. Isso facilita a possibilidade de que nossos ancestrais hominis já conseguiam com certa facilidade migrar da África para a Europa.

Existe também a possibilidade de que esses hominis em Creta podem representar uma evolução convergente, ou seja, desenvolveram um pé humano assim como os aqueles com ancestralidade direta do Australopithecus.

Todos esses resultados com certeza iniciarão fervorosos debates acadêmicos sobre a trajetória evolucionária humana. De qualquer forma, eles ainda não são conclusivos, e novas  evidências tornam-se necessárias para reescrever nossos passos a partir do continente africano.

Obs.: A primeira imagem deste artigo mostra uma das pegadas fósseis encontradas (em 2002), mas a foto à esquerda não é uma reconstrução de como seria a espécie dona da pegada, mas sim de um homini aleatório (no caso, o Australopithecus sediba)

Publicação do estudo:  ScienceDirect

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Análise de pegadas fósseis de hominis na ilha de Creta pode reescrever a trajetória da evolução humana Análise de pegadas fósseis de hominis na ilha de Creta pode reescrever a trajetória da evolução humana Reviewed by Saber Atualizado on setembro 04, 2017 Rating: 5

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