Salmonella e a catástrofe entre os Astecas!

(16/02/17) Em 1519, quando as forças Espanholas lideradas por Hernán Cortéz chegaram ao México, a população nativa (Astecas) ali era composta, aproximadamente, por 25 milhões de pessoas. Após a chegada dos europeus, 1 século depois, as batalhas de conquista e várias epidemias levaram o número populacional da sociedade Asteca a cair para cerca de 1 milhão de pessoas. Somente duas das maiores epidemias (que podem ter sido causada por vírus ou bactérias) chegou a matar entre 7 e 18 milhões de nativos entre 1545 e 1576.

Agora, um estudo publicado recentemente na Nature mostra evidências de que um dos responsáveis pelas epidemias infecciosas que derrubaram os Astecas foi uma variação mortal da bactéria Salmonella. As evidências surgiram de uma análise de DNA de vestígios nos dentes de 29 pessoas enterradas em um local antigo de disposição de corpos, datado de 1540. Essa versão da Salmonella, trazida pelos europeus, pode ter sido responsável pela morte de 80% da população, a qual não possuía defesas naturais contra essa bactéria.

Pesquisas anteriores já sugeriam que essa variação da Salmonella já circulava na Europa antes, especialmente após um estudo de um corpo datado de 1200 na Noruega que carregava sequências de DNA dessa bactéria. Ou seja, mais um indício para reforçar o possível papel carniceiro dessa Salmonella entre os Astecas.

Referência: Nature