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Genes associados a uma COVID-19 severa foram identificados nos Brasileiros


Têm se tornado mais frequentes as notícias de famílias Brasileiras que perderam vários membros em poucos dias em decorrência da COVID-19. No começo do ano, morreram sete pessoas aparentadas com sintomas da doença no interior do Pará. Em março, cinco parentes faleceram na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, enquanto outros três membros da família foram internados. Pais estão morrendo poucas horas ou dias antes dos filhos também irem a óbito, e recentemente duas gêmeas saudáveis e atletas sucumbiram à doença junto com a mãe. Esses relatos fortalecem a evidência de que componentes genéticos estão, de fato, envolvidos com a progressão clínica da COVID-19, como já apontado por vários outros estudos prévios (!).


(!) Leitura recomendadaGenes e grupos sanguíneos estão associados com a severidade da COVID-19, apontam estudos


Agora, em um estudo liderado por integrantes do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado no periódico Human Genome Variation (1), a pesquisa identificou, na população brasileira, variações em genes que, acredita-se, têm influência na doença. No total, foram identificadas 325 variações genéticas compartilhadas com outras populações ao redor do mundo e 70 variações exclusivas, até agora, da população Brasileira, sendo sete com potencial de alterar a função de proteínas, de acordo com previsões computacionais. 


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Das mutações exclusivas dos Brasileiros, incluíam 11 variantes em genes relacionados à imunidade ao vírus Influenza (gripe) Interferon Tipo I (INF) que podem também estar associados com o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Das variantes em geral, seis delas estão vinculadas a prognósticos diferenciados de COVID-19 e cinco estão relacionadas à entrada do SARS-CoV-2 nas células do pulmão e à replicação do vírus (ex.: ACE2 p.Arg219Cis e TMPRSS2 p.Val160Me). 


No total foram detectadas três variantes raras e quatro variantes ultrarraras em quatro genes COVID-19-relacionados -  SLC6A20, LZTFL1, XCR1 e FURIN - que estão presentes apenas no banco de dados genômicos Brasileiro e que são preditos de afetarem funções proteicas.


Foram identificados também 331 diferentes alelos do gene HLA. Desses, três alelos já foram previamente associados com a resposta à COVID-19. Adicionalmente, 4% das amostras Brasileiras analisadas carregavam o alelo HLA-B*15:03, o qual é predito de ter a maior capacidade de apresentar os peptídeos do SARS-CoV-2 às células imunes. Considerando locais genômicos em HLA A, -B, -C, e -DQA1-DQB1 (codificando fortes ligantes a mais de 300 peptídeos do SARS-CoV-2), os pesquisadores estimaram que até 51% da população Brasileira possuem fortes ligantes imunes HLA-associados - algo que precisa ser explorado em mais detalhes em termos de influência na infeção pelo SARS-CoV-2. 


Os pesquisadores também encontraram que em torno de 10% das amostras Brasileiras carregavam pelo menos dois alelos HLA associados com severa manifestação da COVID-19, incluindo os alelos HLA-DRB1*15:01, HLA-DQB1*06:02, e HLA-B*27:07.


(1) Publicação do estudohttps://www.nature.com/articles/s41439-021-00146-w


Referência adicionalhttps://agencia.fapesp.br/estudo-identifica-variacoes-em-genes-relacionados-a-covid-19-na-populacao-brasileira/35658/

Genes associados a uma COVID-19 severa foram identificados nos Brasileiros Genes associados a uma COVID-19 severa foram identificados nos Brasileiros Reviewed by Saber Atualizado on abril 21, 2021 Rating: 5

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