Cientistas revelam fósseis de aves voadoras gigantes que dominaram os céus do Eoceno
As Águias Gigantes do O Senhor dos Anéis - série de obras literárias do escritor Britânico J. R. R. Tolkien - possuem reais versões pré-históricas já extintas.
Em um estudo publicado no periódico Scientific Reports (1), pesquisadores analisaram fósseis recuperados da Antártica na década de 1980 e revelaram o mais antigo membro de aves gigantes da família Pelagornithidae, os quais alcançavam uma envergadura de asas (ponta-a-ponta) de até 6,5 metros!
Os fósseis, escavados na Formação do Eoceno La Meseta na Ilha de Seymour, representam a evolução inicial de corpos gigantes por essas aves, a partir de 50 milhões de anos - não muito depois, em escala geológica, após a extinção dos dinossauros não-aviários. Esses fósseis pertenciam a aves com 5-6 metros de extensão das asas, e provavelmente não apenas representaram as maiores aves voadoras do Eoceno, como também uma das maiores aves volantes que já existiram. Predando em mar aberto e habitando ecossistemas costeiros, essas aves viveram junto com os primeiros pinguins.
Outra característica bastante notável desses pássaros é a presença de projeções ósseas nos maxilares similares a dentes (mas sem tecidos dentais ou homologia com reais dentes) e cobertos por queratina.
O último fóssil conhecido da família Pelagornithidae é de 2,5 milhões de anos atrás, em um período marcado por mudanças climáticas que engatilharam o início das Eras do Gelo.
> Na imagem pequena, uma representação artística de antigos albatrozes perturbando um enorme espécime da família Pelagornithidae. Na imagem maior, o seguimento de uma mandíbula fossilizada, de 40 milhões de anos atrás. O crânio tinha quase 70 cm de comprimento e cada pseudodente cerca de 2,5 cm. A envergadura projetada das asas é em torno de 6 metros.
> Aliás, falando em aves, você sabia que uma espécie de ave consegue ficar voando por 10 meses seguidos sem pousar? Não acredita? Acesse para entender como isso é possível: Qual é o recorde de permanência no ar do andorinhão-preto?
(1) Publicação do estudo: https://www.nature.com/articles/s41598-020-75248-6
