O universo pode ter um potencial de vida muito maior do que o pensado
Um estudo publicado no periódico Astronomical Journal (1) encontrou que, enquanto o Sistema Solar possui apenas um planeta na zona habitável e com presença de água líquida em sua superfície - Marte na fronteira e sem água líquida na superfície -, outras estrelas com massa igual ou maior do que 0,7 vezes aquela do Sol podem comportar de 6 a 7 planetas similares à Terra na zona habitável, dependendo da presença ou não de gigantes gasosos, como Júpiter, e da geometria de órbita dos planetas (mais irregular ou mais circular). A conclusão veio após a análise do Sistema Estelar TRAPPIST-1 - o qual possui três planetas na zona habitável -, e simulações computacionais para planetas de vários tamanhos e a interação gravitacional entre esses corpos ao longo de milhões de anos dentro de sistemas estelares compostos de estrelas similares ao Sol (do tipo Anã-M).
A evidência trazida pelo novo estudo pode significar que a vida pode ser muito mais comum no Universo (2).
Nesse sentido, um dos próximos passos dos pesquisadores envolvidos nesse estudo - cientistas da Universidade da Califórnia, EUA - será estudar uma estrela parecida com o Sol que está a cerca de 27 anos-luz da Terra. Análises astronômicas já mostraram que essa estrela não possui gigantes gasosos em sua órbita, o que aumenta as chances de múltiplas 'Terras' em sua órbita.
(1) Publicação do estudo: AJ
> (2) Se de fato existir uma quantidade muito maior de planetas similares à Terra, isso torna o problema do Paradoxo de Fermi ainda mais intrigante. Para saber mais sobre o assunto, acesse: O que é o Paradoxo de Fermi?
