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Cabeceadas frequentes no futebol podem estar associadas com problemas de balanço


Um estudo apresentado na última Sport Concussion Conference da American Academy of Neurology mostrou que jogadores de futebol que cabeceiam de forma mais frequente podem ter um risco maior de desenvolver problemas de balanço corporal do que os jogadores que cabeceiam com menos frequência.

De acordo com o autor principal do estudo, John Jeka - PhD na Universidade de Delaware, EUA - jogadores que cabeceiam muito estão sob repetitivos impactos sub-traumáticos que podem estar associados com problemas de processar informações e habilidades de memória no cérebro. No novo estudo, o pesquisador e colaboradores exploraram outro efeito dessas constantes pancadas: controle de balanço no corpo envolvendo o sistema nervoso e o ouvido interno.

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Para o estudo, 20 jogadores de futebol foram recrutados de comunidades em Newark - com idade média de 22 anos - e submetidos a um teste de balanço, caracterizado por uma caminhada ao longo de uma superfície espumada com os olhos fechados sob duas condições: com estimulação galvânica vestibular (EGV) e sem EGV. Para o EGV, os eletrodos foram colocados atrás de cada ouvido para estimular os nervos que enviam mensagem do sistema de balanço no ouvido interno para o cérebro. Nesse sentido, o estimulador faz você se sentir como se estivesse se movendo quando na verdade está parado. Para o estudo em específico, o EGV fez os participantes se sentirem como se eles estivessem caindo para os lados.

Antes do estudo, os participantes relataram o número médio estimado de vezes que cabecearam na bola em cada jogo e treino no ano passado, número esse que foi multiplicado pela quantidade média de treinos e jogos por semana e pelos meses ativos, o que resultou em um valor que variou de 16 a 2100 cabeçadas.

O resultado do estudo prático revelou que os jogadores com o maior número de cabeçadas tinham as maiores respostas ao EGV tanto no encaixe do pé quanto na adução do quadril durante os testes de caminhada. Isso indica que eles tinham problemas de recuperação no processamento e balanço vestibular. Para cada 500 cabeçadas, a resposta para o encaixe do pé aumentava cerca de 9 milímetros e a indução do quadril em cerca de 0,2 graus.

Como os jogadores de futebol precisam ter um ótimo balanço corporal para jogar bem o jogo, os achados do novo estudo podem ser importantes para o esporte caso confirmados por outros estudos de maior escala. Aqueles jogadores cabeceando muito precisam ser analisados com maior atenção, implicando talvez em mudanças nos treinos. Além disso, realçam outros problemas neurológicos ligados ao ato de cabecear as bolas durante as partidas.

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Referência: AAN

Cabeceadas frequentes no futebol podem estar associadas com problemas de balanço Cabeceadas frequentes no futebol podem estar associadas com problemas de balanço Reviewed by Saber Atualizado on julho 30, 2018 Rating: 5

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