Vacina contra o rotavírus cortou um terço das mortes de bebês por diarreia em Malawi

Um amplo estudo publicado esta semana no The Lancet Global Health, mostrou que após a introdução da vacina contra o rotavírus no país Africano de Malawi, as mortes por diarreia entre os bebês diminuíram 31%. Esse resultado pode levar à aplicação dessa vacina a nível nacional em países que possuem alta de taxa de morte infantil por diarreia, especialmente no continente Africano.

O estudo foi liderado por cientistas da Universidade de Liverpoool, UCL, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health e parceiros em Malawi, e forneceu a primeira evidência a nível populacional em um país de baixa renda de que a vacina contra o rotavírus (RV1) salva uma substancial quantidade de vidas.

O trágico efeito de desidratação causado pela diarreia é responsável por cerca de 17% das mortes pós-neonatal de bebês ao redor do mundo. O rotavírus (gênero da família Reoviridae) é a mais comum causa de doenças associadas com diarreia entre bebês e jovens crianças. Apesar de melhoras nas últimas décadas na sanitização e nos métodos de tratamento, o rotavírus causou cerca de 215 mil mortes de crianças em 2013, com 121 mil delas na África. Com o suporte da Gavi - a Vaccine Alliance - muitos países no continente Africano com altas taxas de mortalidade infantil adicionaram a vacina contra o rotavírus aos seus programas de imunização nos últimos cinco anos.

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Para determinar o impacto das vacinas nas mortes por diarreia, os pesquisadores analisaram 48672 bebês com idades entre 10 semanas e 51 semanas em Malawi, o qual introduziu a vacina monovalente do rotavírus em outubro de 2012. Os dados foram coletados de casa em casa ao longo de 4 anos e cobrindo quase 2 mil vilas.

O resultado da análise mostrou que os bebês que receberam a vacina tinham um risco 34% menor de morrer de diarreia, um impacto similar àquele visto em países de renda média. Além disso, o número de mortes associadas à diarreia caíram 31% nesse grupo.

Segundos os autores do estudo, a vacina do rotavírus deveria ser recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para todos os países, principalmente para aqueles de baixa renda.

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